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07 de agosto de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente publicado na revista Biological Psychiatry, realizado por pesquisadores do Central Institute of Mental Health (CIMH) em Mannheim, Alemanha, apresenta descobertas importantes sobre como o estresse na infância pode influenciar a atividade genética e aumentar o risco de transtornos mentais.
Os cientistas se concentraram na metilação do DNA do gene FKBP5, conhecido por seu papel na regulação molecular do estresse e associado ao desenvolvimento de doenças relacionadas ao estresse, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático. A metilação do DNA é um processo regulatório que controla a atividade dos genes sem alterar a sequência genética, mas que pode ser modificada por influências ambientais.
O estudo envolveu 395 indivíduos saudáveis, que passaram por exames de ressonância magnética e responderam a perguntas sobre seus pensamentos e sentimentos por meio de um aplicativo de estudo. As análises revelaram que alterações na metilação do FKBP5 estão associadas a mudanças no volume do córtex pré-frontal. Além disso, foi observado que mudanças funcionais no córtex pré-frontal estão ligadas a estruturas mais profundas no cérebro, como a amígdala, intensificando as reações ao estresse cotidiano.
Essas descobertas contribuem significativamente para a compreensão das bases biológicas do processamento do estresse e dos distúrbios psiquiátricos, abrindo caminho para tratamentos personalizados e mais eficazes para pacientes psiquiátricos no futuro.
Fonte: Biological Psychiatry. DOI: 10.1016/j.biopsych.2024.03.003.
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