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Mais aprendizado na juventude pode não proteger o cérebro envelhecido

31 de julho de 2025 (Bibliomed). Em 1972, a Grã-Bretanha aumentou o total de anos escolares obrigatórios para suas crianças de 15 para 16 anos. Isso criou um "experimento natural": os britânicos que receberam esse ano extra de educação se sairiam melhor, neurologicamente, à medida que envelheciam? Infelizmente, a resposta é "não".

Pesquisadores do Centro Médico Universitário Radboud, na Holanda, acessaram exames de ressonância magnética cerebral de mais de 30.000 britânicos adultos, feitos em média 46 anos depois de terem frequentado a escola no início da década de 1970. A educação tem sido associada há muito tempo à resiliência cerebral, então presumia-se que os cérebros das pessoas que frequentavam a escola naquele ano extra poderiam diferir sutilmente daqueles que se formaram antes de a lei ser promulgada. No entanto, os pesquisadores não observaram diferenças nos vários aspectos da estrutura cerebral que estudaram, o que não descarta alterações neurológicas temporárias.

De acordo com os pesquisadores, a educação extra talvez tenha amentado temporariamente o tamanho do cérebro, mas ele voltou ao normal depois. Os pesquisadores também disseram que um ano extra de educação pode produzir alterações microscópicas no cérebro que não apareceriam na ressonância magnética. Ainda assim, as descobertas lançam algumas dúvidas sobre a noção de que há uma ligação direta entre a educação e a saúde do cérebro envelhecido.

Fonte: eLife. DOI: 10.7554/eLife.101526.1.

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