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Mais tempo de telas aumenta risco de depressão e ansiedade em crianças

27 de dezembro de 2023 (Bibliomed). A atividade de tempo de tela das crianças aumentou significativamente durante a pandemia. O fechamento prolongado das escolas e o aumento do estresse dos pais estão associados às dificuldades comportamentais das crianças e ao tempo gasto assistindo às telas. O objetivo principal de recente pesquisa foi determinar quais fatores escolares e domésticos foram associados a comportamentos desafiadores em escolares canadenses durante a pandemia de Covid-19.

Publicado na revista BMC Psychology, o estudo se baseia em pesquisas anteriores realizadas pelos autores, que descobriram que o tempo de tela das crianças disparou durante a pandemia para uma média de pouco menos de seis horas por dia. Algumas crianças do estudo anterior ficavam em suas telas por impressionantes 13 horas por dia – quase todos os minutos acordados.

Naquela época, parecia que este poderia ser um período isolado, por isso os autores decidiram lançar o estudo COMPASS – “Covid-19 Managing Parent Attitudes and School Stress." O COMPASS reuniu dados de mais de 200 pais que detalharam o uso do tempo de tela de seus filhos de novembro de 2020 a novembro de 2021.

Embora surpreendente, os autores do estudo dizem que existem pesquisas anteriores sobre como o uso precoce de telas prevê o uso de telas mais tarde na vida. O COMPASS descobriu que o maior uso de tempo de tela estava associado à ansiedade e à depressão em crianças. Enquanto outros estudos mostraram que o tempo de tela pode ter efeitos adversos na saúde mental das crianças, a pesquisa indicou que foi surpreendente ver uma associação tão forte.

O que também se descobriu consistentemente em todos os estudos anteriores realizados pela equipe foi que o estresse dos pais foi um preditor chave do tempo de tela.

A pesquisa está em andamento, com mais dados das famílias recrutadas para o estudo COMPASS a serem divulgados nos próximos meses. Ao estudar essas famílias em vários momentos, o grupo de pesquisa espera identificar os efeitos de longo prazo da pandemia nas crianças. Sugere-se que as famílias comecem a monitorar e acompanhar quanto tempo as crianças passam nas telas.

Fonte: BMC Psychology. DOI: 10.1186/s40359-023-01240-0.

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