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Como distinguir a “Covid longa” de outras condições subjacentes?

20 de setembro de 2023 (Bibliomed). Os fatores de risco para sequelas pós-agudas da infecção por SARS-CoV-2 (“Covid longa”) em populações residentes na comunidade permanecem pouco compreendidos. Geralmente faltam dados em larga escala, acompanhamento, grupos de comparação e uma definição consensual de Covid longa.

Um novo estudo com mais de 800.000 pessoas descobriu que, nos Estados Unidos, portadores de Covid longa eram mais propensos a serem mais velhos e do sexo feminino, com mais condições crônicas do que as pessoas em um grupo de comparação que - depois de pegar a Covid - não haviam sido diagnosticados há mais tempo com Covid ou qualquer um dos sintomas associados à Covid longa. Os resultados foram publicados na edição de março da revista Health Affairs.

A pesquisa usou dados de pessoas no período de janeiro de 2019 a março de 2022, examinamos fatores demográficos e clínicos associados à Covid longa, usando duas definições de pessoas que apresentam sintomas muito depois de terem sido diagnosticados com Covid-19 (“long haulers”). Foram identificados 8.329 “long haulers” usando a definição restrita (código de diagnóstico), 207.537 “long haulers” usando a definição ampla (com base em sintomas) e 600.161 não “long haulers” (grupo de comparação).

Entre os “long haulers” usando a definição restrita, os principais fatores de risco para Covid longa incluíam hipertensão, doença pulmonar crônica, obesidade, diabetes e depressão. O tempo entre o diagnóstico inicial de Covid-19 e o diagnóstico de Covid longa foi em média de 250 dias, com diferenças raciais e étnicas. Os “long haulers” de definição ampla exibiram fatores de risco semelhantes. Distinguir a Covid longa da progressão de condições subjacentes pode ser um desafio, mas um estudo mais aprofundado pode avançar a base de evidências relacionadas à identificação, causas e consequências do Covid longa.

Fonte: Health Affairs. DOI: 10.1377/hlthaff.2022.00991.