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04 de julho de 2025 (Bibliomed). Nanodiscos magnéticos microscópicos podem fornecer um meio muito menos invasivo de proporcionar estimulação cerebral profunda, sugere estudo realizado na Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
Os pequenos discos, com cerca de 250 nanômetros de diâmetro (1/500 da largura de um fio de cabelo humano), seriam injetados diretamente em regiões específicas do cérebro de uma pessoa. A partir daí, eles poderiam ser ativados pela aplicação de um campo magnético fora do corpo do paciente. Testes em ratos de laboratório mostram que os discos tiveram um impacto na atividade dos neurônios e no comportamento.
A estimulação cerebral profunda usa eletrodos implantados em regiões-alvo do cérebro para tratar condições como doença de Parkinson, epilepsia, transtorno obsessivo-compulsivo, tremores e síndrome de Tourette. Contudo, a colocação dos implantes envolve uma grande cirurgia cerebral, o que expõe os pacientes a uma série de complicações prejudiciais.
Esses nanodiscos podem fornecer uma alternativa menos invasiva aos eletrodos usados atualmente. Eles contêm um núcleo magnético e uma camada externa eletricamente carregada. Quando exposto a um ímã, o núcleo pressiona a camada externa, fazendo com que ela envie pulsos elétricos aos neurônios próximos. A estimulação pode ser ligada e desligada acionando um interruptor em um eletroímã.
Os discos estimularam com sucesso regiões do cérebro de camundongos associadas a sentimentos de recompensa e controle motor. Isso incluía o núcleo subtalâmico, a região onde os eletrodos normalmente são implantados para controlar a doença de Parkinson. No entanto, pesquisadores afirmam que os discos precisam de mais trabalho para se tornarem potentes o suficiente para fornecer o tipo de estimulação cerebral necessária para tratar doenças humanas. E especialistas ressaltam que pesquisas feitas em animais costumam apresentar resultados diferentes em humanos.
Fonte: Nature Nanotechnology. DOI: 10.1038/s41565-024-01798-9.
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