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Fadiga prolongada causada por Covid-19 pode levar à ansiedade e depressão

22 de agosto de 2022 (Bibliomed). A fadiga em suas muitas formas de exaustão física, mental e psicossocial é um sintoma comum da condição pós-COVID-19, também conhecida como “COVID Longa”. A fadiga persistente em pacientes com COVID-19 é frequentemente acompanhada por disfunção cognitiva e sintomas neuropsiquiátricos; no entanto, pouco se sabe sobre as relações entre esses componentes da condição pós-COVID-19 e a própria fadiga.

Um recente estudo procurou (1) distinguir os tipos de fadiga experimentados pelos participantes e (2) investigar se os déficits cognitivos em vários domínios e condições neuropsiquiátricas previam esses diferentes tipos de fadiga.

O estudo incluiu 136 pacientes com COVID-19 encaminhados para avaliação neuropsicológica devido a queixas cognitivas 8 meses em média após a infecção por SARS-CoV-2. As medidas incluíram fadiga autorrelatada (física, cognitiva e psicossocial), questionários neuropsiquiátricos (avaliando sintomas de depressão, ansiedade, apatia e funcionamento executivo), uma avaliação neuropsicológica abrangente e qualidade de vida autorrelatada e funcionamento diário.

Os resultados mostraram que os relatos de fadiga clínica significativa foram generalizados na amostra (82,3% dos participantes), com a fadiga física classificada como a mais alta em média em relação ao máximo da subescala. Níveis elevados de apatia, ansiedade e disfunção executiva em medidas neuropsiquiátricas, juntamente com dificuldades executivas e de atenção em testes cognitivos, foram considerados preditores consistentemente importantes entre diferentes tipos de fadiga.

Isso implica sintomas cognitivos e neuropsiquiátricos como preditores de fadiga na condição pós-COVID-19 e enfatiza a importância de uma abordagem holística na avaliação e consideração de tratamento potencial para pacientes com COVID-19 com fadiga.

Fonte: BMC Neurology. DOI: 10.1007/s00415-022-11141-8.