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Sexo de cirurgião não aumenta risco de morte do paciente

05 de dezembro de 2022 (Bibliomed). Algumas pessoas têm preferência pelo sexo do cirurgião que vai operá-la, mas um novo estudo japonês mostrou que essa deve ser a menor das preocupações de alguém que vai se submeter a uma cirurgia.

Para o estudo, os pesquisadores da Universidade de Kyoto analisaram dados do Banco de Dados Clínico Nacional Japonês, que contém informações detalhadas sobre mais de 95% das cirurgias realizadas no Japão.

Os autores avaliaram quase 300.000 cirurgias que ocorreram entre 2013 e 2017, concentrando-se especificamente em três procedimentos comuns para câncer de estômago e reto. Esses foram escolhidos porque o número de cirurgiãs que realizaram os procedimentos foi suficiente para análise sem identificar o cirurgião individualmente.

As cirurgiãs realizaram apenas 5% desses procedimentos e eram menos propensas do que os homens a trabalhar em centros cirúrgicos de alto volume. Eles também eram mais propensos a receber pacientes com condições que os colocavam em alto risco para cirurgia, incluindo desnutrição, uso de esteroides a longo prazo ou câncer avançado.

Globalmente, as mulheres continuam a ser uma minoria no campo cirúrgico, embora o número de médicas do sexo feminino tenha aumentado nos últimos anos. De acordo com dados recentes, as mulheres representam 22% dos cirurgiões nos Estados Unidos, 28% no Canadá e 33% no Reino Unido. A situação é ainda pior no Japão, onde as mulheres representam 22% dos médicos e cerca de 6% dos cirurgiões.

Para os autores, este estudo reflete descobertas anteriores que mostraram que a proficiência de médicas e cirurgiãs é igual ou melhor do que a de seus colegas do sexo masculino. Não há diferença nas taxas de morte ou complicações entre cirurgiões masculinos e femininos.

Fonte: BMJ. DOI: 10.1136/bmj.10.1136/bmj-2022-070568.

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