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19 de novembro de 2024 (Bibliomed). Quando um cirurgião percebe uma anomalia durante uma cirurgia cardíaca, é mais provável que o problema seja corrigido se o paciente for homem, sugere estudo realizado na University of Michigan, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores analisaram cerca de 5.000 pessoas com fibrilação atrial que também passaram por cirurgia de bypass cardíaco ou substituição da válvula aórtica em uma das quase três dúzias de hospitais de Michigan entre 2014 e 2022.
Embora as diretrizes de cardiologia recomendem que a fibrilação atrial seja reparada durante uma cirurgia cardíaca, isso só aconteceu 59% das vezes para as pacientes do sexo feminino contra 67% das vezes para os homens. Em outras palavras, isso significa que as mulheres têm 26% menos probabilidade do que os homens de corrigir essa "condição secundária" durante uma cirurgia cardíaca.
Em um segundo estudo, a mesma equipe analisou quase 400 pessoas que passaram por cirurgias de válvula mitral entre 2014 e 2023. Todos os pacientes também apresentaram vazamento moderado a grave, ou regurgitação, da válvula tricúspide no momento da cirurgia.
Enquanto cerca de três quartos dos pacientes do sexo masculino tiveram sua válvula tricúspide reparada durante a cirurgia da válvula mitral, isso foi verdade para apenas 57% das pacientes do sexo feminino.
Isso significa que as mulheres que não tiveram suas válvulas tricúspides reparadas "eram mais propensas a ter regurgitação tricúspide grave ou a necessitar de uma reoperação relacionada à válvula até quatro anos depois.
De acordo com pesquisadores, os cirurgiões podem presumir que as mulheres enfrentam mais riscos do que os homens se um segundo procedimento for adicionado durante uma cirurgia cardíaca, o que explicaria essa disparidade de gênero. Contudo, isso não é verdade: neste estudo, as pacientes do sexo feminino realmente tiveram melhores resultados em termos de risco de morte em comparação aos homens.
Fonte: The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery. DOI: 10.1016/j.jtcvs.2024.04.011.
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