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Mulheres têm maior risco de morte após revascularização do miocárdio que homens

30 de agosto de 2023 (Bibliomed). As mulheres são mais propensas do que os homens a morrer após a cirurgia de revascularização do miocárdio, mostrou estudo realizado nos Estados Unidos, Canadá e Áustria. Os pesquisadores ainda não entendem por que as mulheres têm resultados tão ruins, mas acreditam que o estudo deve servir de alerta para os cirurgiões no momento de indicar a cirurgia.

O estudo descobriu que, em comparação com os homens, as mulheres têm um risco cerca de 30% a 40% maior de morte após a cirurgia de revascularização do miocárdio. As mulheres tiveram uma taxa de mortalidade de 2,8% durante ou logo após a cirurgia, em comparação com 1,7% dos homens, uma diferença de quase 50%.

As descobertas resultam de uma análise de quase 1,3 milhão de cirurgias de revascularização do miocárdio realizadas entre 2011 e 2020. Mais de 317.000 mulheres foram incluídas. Os pesquisadores analisaram as mortes durante ou dentro de 30 dias após a cirurgia entre pacientes do sexo masculino e feminino. Eles também analisaram uma medida composta de mortes e complicações graves, como derrame ou insuficiência renal.

Os resultados mostraram que ser do sexo feminino estava ligado a um risco significativamente maior de morte ou complicações graves. Para a morte, ser do sexo feminino foi associado a um risco 28% a 41% maior, dependendo do ano durante o período do estudo. Para a medida de resultado combinada, ser do sexo feminino foi associado a um risco 2% a 9% maior.

Desde a década de 1990, estudos mostraram que as mulheres tendem a ter resultados piores durante ou após essas cirurgias do que os homens. As mulheres tendem a ser mais velhas quando fazem essas cirurgias e são mais propensas a ter doenças crônicas, incluindo diabetes e pressão alta. Depois de tudo isso ser considerado, eles ainda têm resultados piores.

Fonte: JAMA Surgery. DOI: 10.1001/jamasurg.2022.8156.