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27 de outubro de 2022 (Bibliomed). No Canadá, os médicos estão prescrevendo doses mais baixas de analgésicos após cirurgias. Além disso, a prescrição de opioides tem diminuído. É o que mostra estudo realizado na Universidade de Toronto e apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Anestesiologistas.
Os pesquisadores analisaram registros de mais de 278.000 pessoas em Ontário com mais de 65 anos quando foram submetidas a um dos 14 procedimentos cirúrgicos entre 2013 e 2019. Os procedimentos incluíam a remoção da tireoide, apêndice, vesícula biliar, próstata, cólon e mama, bem como reparo de hérnia, cirurgia de coração aberto, histerectomia e substituição de quadril e joelho.
Durante o período do estudo, mais pacientes preencheram prescrições de analgésicos não opioides, como acetaminofeno ou um anti-inflamatório não esteroide. O percentual subiu de 9% em 2013 para 28% em 2019. A maioria dos pacientes também recebeu uma prescrição que continha um opioides. Em 2013, 76% receberam prescrição de opioides, assim como 75% em 2019.
Ao longo desse tempo, a dose média caiu de 317 MME (equivalente a miligrama de morfina) para uma média de 260 MME. Pacientes submetidos a certos procedimentos, como remoção do apêndice ou da tireoide, geralmente podem aliviar sua dor com paracetamol ou um AINE. No entanto, o estudo descobriu que poucos pacientes que tiveram esses procedimentos preencheram as prescrições para essas alternativas não opioides.
Os autores explicam que limitar o uso de opioides é importante porque eles podem ter grandes efeitos colaterais, levar ao vício e causar uma overdose potencialmente mortal.
Fonte: American Society of Anesthesiologists Annual Meeting 2022.
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