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21 de junho de 2022 (Bibliomed). Estudo apresentado na 82nd Scientific Sessions of the American Diabetes Association (ADA), que ocorreu entre 3 e 7 de junho de 2022 em New Orleans, nos Estados Unidos, mostrou que a incidência de cetoacidose diabética grave (CAD) entre crianças com diabetes tipo 1 foi significativamente maior durante a pandemia em comparação com a pré-pandemia.
A cetoacidose diabética grave é uma condição grave e com risco de vida que pode levar ao coma diabético ou mesmo à morte. Embora a CAD possa afetar qualquer pessoa com diabetes, ela é mais comum entre aqueles com o tipo 1 da doença. A CAD é causada por uma sobrecarga de cetonas no sangue, que se torna mais ácido e pode envenenar o corpo.
O estudo em questão constitui-se de uma meta-análise de 18 estudos para examinar o risco de CAD grave entre crianças com diabetes tipo 1 durante a pandemia de COVID-19 em comparação com antes da pandemia. Os investigadores também procuraram o risco de CAD grave entre crianças com diabetes tipo 1 recém-diagnosticadas.
Os resultados revelaram que o risco grave de CAD foi 76% maior durante a pandemia de COVID-19 do que no período pré-COVID-19. Entre os pacientes com diabetes tipo 1 recém-diagnosticados, o risco de CAD grave foi 44% maior para pessoas durante o COVID-19 em comparação com antes da pandemia.
Segundo os pesquisadores, esses resultados foram surpreendentes e preocupantes, especialmente em crianças recém-diagnosticadas com diabetes tipo 1, porque a CAD é uma condição grave e com risco de vida, que exige estratégias de prevenção antes que o aumento significativo de casos sobrecarregue os sistemas de saúde.
Fonte: 82nd Scientific Sessions of the American Diabetes Association (ADA). June 3 - 7, 2022. New Orleans. USA.
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