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Menor renda aumenta risco de doenças vasculares

10 de março de 2022 (Bibliomed). Um estudo apresentado na Conferência Internacional de AVC da American Stroke Association mostrou que pessoas com menor renda são mais propensas a desenvolver estenose da artéria carótida, que é um estreitamento das grandes artérias em ambos os lados do pescoço que transportam sangue para o cérebro. O estreitamento é muitas vezes um acúmulo de placas gordurosas, sendo os principais fatores de risco os níveis elevados de colesterol LDL, hipertensão, tabagismo e diabetes.

Pesquisas anteriores mostram que pessoas negras e hispânicas têm um risco menor de estenose da artéria carótida em comparação com pessoas brancas, e os nativos americanos têm um risco maior. Mas a prevalência de acordo com outros fatores além de raça e etnia é menos clara.

Para identificar possíveis padrões, os pesquisadores avaliaram registros eletrônicos de saúde de um grupo diversificado de 203.813 participantes do National Institutes of Health's All of Us Research Program. Metade dos participantes eram brancos, 20% eram negros, 20% eram hispânicos, 3% eram asiáticos e o restante identificado como de outras raças ou etnias. Um em cada 10 tinha menos de um diploma do ensino médio e 36% tinha uma renda familiar de menos de US$ 35.000 por ano.

No geral, 2,7% dos participantes foram diagnosticados com estenose da artéria carótida. Entre eles, 7,3% haviam sido submetidos à revascularização, procedimento cirúrgico para restaurar o fluxo sanguíneo normal para o cérebro.

Aqueles que ganham menos de US$35.000 por ano tinham 15% mais chances de estenose da artéria carótida do que aqueles com renda mais alta. A renda mais baixa também foi associada a chances 38% maiores de revascularização carotídea.

Fonte: Stroke. DOI: 10.1161/str.53.suppl_1.123.

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