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27 de outubro de 2025 (Bibliomed). Tratar a perda auditiva não é “só” ouvir de novo. Uma revisão sistemática da Universidade do Sul da Califórnia (USC), publicada no JAMA Otolaryngology – Head & Neck Surgery, aponta que aparelhos auditivos e implantes cocleares tornam adultos com perda de audição mais sociáveis, confiantes e menos isolados. O trabalho reuniu 65 estudos, com mais de 5 mil participantes, e avaliou três medidas: qualidade de vida social, “handicap” social percebido (as limitações e frustrações em situações de interação) e solidão.
Os resultados mostram que quem usa dispositivos auditivos consegue participar melhor de conversas em grupo, sente-se mais à vontade em ambientes barulhentos e relata menos barreiras no convívio. Há sinais também de redução da solidão. Entre as tecnologias, os implantes cocleares apresentaram as maiores melhoras na qualidade de vida social — esperado, já que costumam oferecer maior restauração da audição em casos mais severos.
Embora o estudo não tenha medido diretamente efeitos cognitivos, os autores destacam uma possível relação: ao manter o cérebro mais estimulado e a pessoa mais conectada, tratar a audição pode ajudar a preservar a saúde cognitiva. Isso dialoga com uma pesquisa de janeiro de 2024, que encontrou quase 25% menor risco de mortalidade entre adultos que usavam aparelhos auditivos.
O alerta é oportuno: estima-se que 40 milhões de adultos nos EUA tenham perda auditiva, e muitos não se tratam. A mensagem é clara — cuidar da audição melhora a vida social hoje e pode proteger o amanhã.
Fonte: University of Southern California - Health Sciences.
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