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Telessaúde pode beneficiar pacientes com problemas psiquiátricos

09 de março de 2022 (Bibliomed). Durante a pandemia de COVID-19, a telessaúde se popularizou e o número de atendimento cresceu signitivamente. Um novo estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que a prática pode ser benéfica para pessoas com graves problemas de saúde mental. No entanto, pacientes com problemas com drogas e sintomas maníacos do transtorno bipolar podem precisar de apoio adicional para começar a psicoterapia ou para continuar com ela.

O estudo, realizado antes da pandemia de COVID-19, teve como objetivo ver se as pessoas que moram longe dos prestadores de saúde mental poderiam se beneficiar dos serviços de telessaúde. Para isso, os pesquisadores analisaram ouco mais de 1.000 pessoas com transtorno de estresse pós-traumático, transtorno bipolar ou ambas as condições que usaram dois tipos de telessaúde em 24 clínicas de rede de segurança em Michigan, Washington e Arkansas.

Dois terços dos pacientes tinham rendimentos ou deficiências que os tornavam elegíveis para o Medicaid e metade estava desempregada. Eles foram divididos em dois grupos: metade recebeu acompanhamento de psiquiatras e médicos distantes; e a outra metade recebeu acompanhamento de membros da equipe da clínica de cuidados primários local.

Em ambos os grupos, a maioria dos pacientes respondeu bem à medicação e/ou psicoterapia. Contudo, houve uma grande diferença: os pacientes que receberam psicoterapia de uma enfermeira ou assistente social especialmente treinados em sua clínica local completaram 60% mais dessas sessões do que aqueles que receberam psicoterapia de um psicólogo por vídeo.

Segundo os pesquisadores, o contato pessoal regular com enfermeiros ou assistentes sociais verificando outras necessidades de saúde dos pacientes pode ter sido um fator contribuinte para essa diferença.

Fonte: Journal of General Internal Medicine. DOI: 10.1007/s11606-021-07343-x.

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