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27 de agosto de 2024 (Bibliomed). Pessoas com conhecimentos limitados de inglês têm maior probabilidade de ter experiências piores com consultas online do que pessoas cuja primeira língua é o inglês. É o que indica estudo realizado nos Estados Unidos por pesquisadores do Brigham and Women's Hospital em Boston.
As pessoas que têm dificuldades com o inglês têm 40% mais probabilidade de classificar as consultas médicas por vídeo como piores do que as consultas presenciais. Eles também têm 20% mais chance de descrever as consultas por telefone como piores do que as presenciais, embora essa descoberta não tenha sido estatisticamente significativa.
Os pesquisadores explicam que, além de ter dificuldade para entender o que está sendo dito, uma pessoa com pouca compreensão do inglês pode ter problemas para configurar seu computador para a consulta.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram os resultados da Pesquisa de Entrevistas de Saúde da Califórnia de 2021. Mais de 24.000 pacientes foram entrevistados, dos quais 9% foram identificados como tendo conhecimentos limitados de inglês. A pesquisa foi realizada em seis idiomas.
As pessoas que têm dificuldades com o inglês têm menos probabilidade de tentar acessar a cuidados virtuais, mostram os resultados. Cerca de 37% das pessoas com inglês limitado disseram ter experimentado a telessaúde, contra 50% das pessoas com proficiência em inglês.
Os pesquisadores estão preocupados que, além da frustração, uma experiência ruim com a telessaúde possa afetar a saúde geral de uma pessoa. Por exemplo, alguém que teve uma consulta por vídeo ruim pode não sentir vontade em procurar um médico para atendimento no futuro.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.10691.
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