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Crianças também podem morrer por COVID-19

19 de outubro de 2021 (Bibliomed). Geralmente, crianças e adolescentes não são acometidos por formas graves da COVID-19. Contudo, isso não quer dizer que esse grupo não possa desenvolver complicações que possam evoluir para óbito. Uma pesquisa buscou avaliar as características clínicas de crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 e fatores de risco para morte relacionada à infecção.

Foram analisados pacientes menores de 20 anos com COVID-19 confirmado por teste RT-PCR e registrados no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Influenza (SIVEP-Gripe), um banco de dados de vigilância nacional de pacientes internados em hospitais com doenças respiratórias agudas graves doença no Brasil.

Durante o período do estudo, o SIVEP-Gripe recebeu 82.055 notificações de pacientes com menos de 20 anos. Desses, 11.613 (14,2%) foram diagnosticados com COVID-19, dos quais 886 (7,6%) morreram no hospital e 10.041 (86,5%) pacientes tiveram alta do hospital, 369 (3,2%) estavam no hospital no momento da análise e 317 (2,7%) não tinham informações sobre o resultado.

Os pesquisadores estimaram a probabilidade de morte em 4,8% durante os primeiros 10 dias de internação hospitalar, ,7% durante os primeiros 20 dias e 8,1% ao final do acompanhamento. A probabilidade de alta foi de 54,1% nos primeiros 10 dias, 78,4% nos primeiros 20 dias e 92,0% no final do acompanhamento.

Crianças com menos de dois anos tinham maior risco de morte, assim como adolescentes com idades entre 12 e 19 anos. Indígenas, residentes nas regiões Norte e Nordeste, e aqueles com condições médicas pré-existentes tinham mais chances de evoluir para óbito.

Fonte: The Lancet Child and Adolescent Health. DOI: 10.1016/S2352-4642(21)00134-6.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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