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NOVA YORK (Reuters Health) - Alguns pacientes que sofrem de doenças cardíacas podem
ter suas artérias desobstruídas com o uso de stents. O procedimento, no entanto, pode danificar
as artérias. Agora, uma pesquisa preliminar sugere que a terapia genética pode pôr um fim a
esse problema.
Os stents consistem em pequenas próteses endoarteriais que são implantadas após uma cirurgia
para desobstrução de artérias para ajudar a garantir que os vasos não vão se fechar novamente.
Em experimentos com células em cultura e porcos, pesquisadores descobriram que podem
envolver os stents com um composto contendo material genético, que, por sua vez, é transferido
para células da parede arterial.
A questão é utilizar genes que controlem a lesão para neutralizar os efeitos adversos dos stents.
Robert J. Levy, principal autor do estudo, disse que, embora não se saiba ainda que genes são
mais eficazes, o estudo demonstra que o conceito pode funcionar.
As descobertas de Levy e sua equipe, do Hospital Infantil da Filadélfia, estão publicadas na
edição de novembro de Nature Biotechnology.
Em entrevista à Reuters Health, Levy explicou que, em alguns pacientes, os stents podem
desencadear um processo inflamatório. Neutralizando os dispositivos com compostos contendo
DNA, pode ser possível controlar esta inflamação.
Além disso, afirmou Levy, a tática pode potencialmente tratar a doença arterial fundamental.
Levy disse que os stents de terapia genética poderão ser usados em humanos nos próximos três
anos. O maior desafio agora é descobrir que genes usar, destacou o pesquisador.
Sinopse preparada por Reuters Health
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