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TV pode interferir na adoção de medidas de segurança contra COVID-19

27 de novembro de 2020 (Bibliomed). Uma nova pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que a mídia escolhida pelos norte-americanos pode afetar diretamente nas decisões tomadas acerca das medidas de proteção contra o novo coronavírus. O estudo descobriu que as pessoas atraídas por notícias de TV de tendência conservadora eram muito menos propensas a seguir as diretrizes de prevenção do COVID-19.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 4.800 adultos norte-americanos que participaram de uma pesquisa online nacional entre 1º de abril e 9 de junho. Os participantes foram questionados sobre seus comportamentos preventivos COVID-19 na última semana, incluindo lavar as mãos e usar coberturas faciais. Eles também foram questionados sobre comportamentos de risco, como ir a bares ou clubes, participar de reuniões com mais de dez pessoas e visitar a casa de outras pessoas.

Além disso, os participantes foram questionados sobre o quanto confiavam em 18 fontes profissionais da mídia para obter informações do COVID-19, incluindo CNN e Fox News, os dois maiores veículos de notícias dos Estados Unidos.

Em média, os entrevistados usaram três fontes profissionais e cerca de seis outras - incluindo mídia social, amigos, família, colegas e a Casa Branca - para aprender sobre o coronavírus na semana anterior. Cerca de 29% disseram confiar mais na CNN do que na Fox News, e 20% disseram confiar mais na Fox News do que na CNN. Mais da metade (52%) disse não ter preferência.

Pessoas que confiaram na CNN eram mais propensas a seguir medidas preventivas e menos propensas a relatar comportamentos de risco do que aquelas que confiaram na Fox News. Em média, os fãs da CNN praticaram uma média de 3,85 comportamentos preventivos e 0,94 comportamentos de risco, em comparação com 3,41 e 1,25, respectivamente, para aqueles que preferiram Fox News.

No geral, idosos, mulheres, pessoas de origens étnicas asiáticas e não hispânicas e aqueles com maior escolaridade eram mais propensos a seguir as diretrizes preventivas. Aqueles que tinham emprego, mas não podiam trabalhar em casa, tinham menos probabilidade de fazê-lo. O estudo apenas observou associações e não determinou causa e efeito.

Fonte: BMJ Global Health. DOI: 10.1136/bmjgh-2020-003323.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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