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01 de fevereiro de 2021 (Bibliomed). Em meio à pandemia de COVID-19, as instituições de ensino tiveram que se adaptar e passaram a oferecer aulas online. Neste momento em que se inicia um novo ano letivo, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entende que a maioria das escolas, principalmente as das redes públicas, precisa se estruturar adequadamente para garantir segurança básica no retorno dos alunos às aulas presenciais.
A posição da entidade é um dos pontos levantados no documento divulgado pela entidade nesta semana, que traz orientações para gestores públicos e privados, em especial das áreas de saúde e educação.
No texto, os especialistas reconhecem que o fechamento prolongado das escolas, a partir das recomendações de distanciamento social, como vistas à prevenção ao adoecimento de alunos e professores, tem causado imenso prejuízo para os estudantes e suas famílias. Porém, avalia que, de modo geral, não foram implementadas medidas que garantam a segurança para os que frequentam o ambiente escolar de modo presencial. Neste sentido, os estabelecimentos da rede pública de ensino são os mais prejudicados, avalia a SBP.
Para elaboração do documento, os especialistas da SBP consideraram a média móvel de novos casos de COVID-19, a porcentagem de crianças que fazem parte desse grupo, e estudos internacionais que abordaram a questão do retorno às aulas. Dessa forma, a SBP recomenda que, quando do retorno às aulas presenciais, ser faz necessário considerar esquemas de rodízios com escalas alternadas entre grupos, além de protocolos de testagens e adoção de medidas de distanciamento e higiene.
A SBP entende que, no Brasil, a desigualdade social reverbera na situação escolar de crianças e adolescente, sendo que as instituições privadas de ensino têm maior capacidade de atender às exigências dos protocolos sanitários, além de assegurar o acesso dos alunos à tecnologia de ensino que melhorem o processo de aprendizagem.
Para a retomada das aulas, a SBP sugere que sejam repensados os espaços ocupados pelos estudantes, que a equipe escolar seja capacitada sobre as formas de prevenção à COVID-19, e que o planejamento pedagógico contemple campanhas locais de esclarecimento junto à comunidade escolar, em especial crianças e adolescentes, além do envolvimento de profissionais de saúde na elaboração desses planos.
A SBP considera como indispensável a responsabilização das autoridades públicas, nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal) para solucionar o problema da volta às aulas, o que implicaria na tomada de uma série de decisões. De forma geral, a SBP afirma que os gestores devem oferecer com urgência planejamento estratégico, inclusive do ponto vista orçamentário, para que sejam aperfeiçoadas as condições estruturais e de gestão nas escolas, focados no controle de riscos contra a COVID-19.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria. 26 de janeiro de 2020.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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