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COVID-19 matou quase 40% dos pacientes graves de Nova York

22 de maio de 2020 (Bibliomed). A maioria dos pacientes hospitalizados com COVID-19 precisa de ventilação mecânica para ajudá-los a respirar, de acordo com um estudo da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos. As descobertas também mostram que quase 40% dos que estão hospitalizados e ficam gravemente doentes com a doença causada pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2, acabam morrendo.

Os pesquisadores descreveram casos envolvendo 1.150 pacientes adultos com COVID-19 internados em dois hospitais na cidade de Nova York entre 2 de março e 1º de abril e seguidos por pelo menos 28 dias. Os sintomas mais comuns relatados pelos pacientes foram falta de ar, febre, tosse, dor muscular e diarreia.

Os resultados mostraram que 257 pacientes (22%) desenvolveram a forma mais grave da COVID-19, sendo considerados “críticos” e necessitando de tratamento na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital. Dois terços dos pacientes críticos eram homens e mais de 80% deles tinham pelo menos uma doença crônica. Os mais comuns eram pressão alta (63%) e diabetes (36%).

A COVID-19 grave era mais comum em pacientes idosos, com idade mediana de 62 anos, mas aproximadamente um em cada cinco pacientes tinha menos de 50 anos. Quase 50% dos pacientes eram obesos.

Além disso, os pesquisadores relatam que 62% dos pacientes críticos eram hispânicos ou latinos e cerca de um em cada cinco eram negros ou afro-americanos. Cinco por cento estavam empregados como profissionais de saúde, embora não fosse possível determinar se eles foram infectados enquanto trabalhavam em um ambiente clínico.

Dos pacientes gravemente enfermos, 203 dos 257 (79%) necessitaram de suporte do respirador, passando uma média de 18 dias em um e alguns necessitando até 28 dias. Quase um terço dos pacientes críticos desenvolveram graves danos nos rins e necessitaram de terapia para apoiar a função renal, como a diálise.

Em 28 de abril, 39% dos pacientes críticos haviam morrido, 37% permaneciam no hospital, e apenas 23% receberam alta hospitalar. Em geral, as descobertas na cidade de Nova York refletem relatórios da China, Itália e Grã-Bretanha, com idade avançada e condições pré-existentes, sendo os fatores de risco mais importantes associados a maus resultados do vírus, disseram os pesquisadores.

Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S0140-6736(20)31189-2.

Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.

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