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06 de maio de 2020 (Bibliomed). Nas últimas semanas pesquisadores têm identificado novos sintomas que podem estar relacionados à infecção pelo novo coronavírus que vão além dos sintomas respiratórios já conhecidos. Um desses é a perda de olfato. De acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, é mais provável que pacientes com casos mais leves a moderados de COVID-19 percam o olfato do que pacientes graves.
Os pesquisadores incluíram 169 pacientes que testaram positivo para COVID-19 na UC San Diego Health. Dados sobre paladar e olfato foram obtidos para 128 dos pacientes, 26 dos quais foram hospitalizados. Estes últimos tinham muito menos probabilidade de experimentar perda de olfato (anosmia) do que aqueles que não foram hospitalizados, cerca de 27% versus 67%, e taxas semelhantes foram observadas para perda de paladar.
De acordo com a pesquisa, os pacientes que relataram perda de olfato tiveram uma probabilidade dez vezes menor de serem hospitalizados com COVID-19 em comparação com aqueles sem perda de olfato. Além disso, a anosmia não foi associada a nenhuma outra medida relacionada à decisão de admitir, sugerindo que é realmente um fator independente e pode servir como um marcador para manifestações mais leves do COVID-19.
Os resultados sugerem que, se o coronavírus se concentrar pela primeira vez no nariz e nas vias aéreas superiores, o sistema imunológico terá a oportunidade de atacar o vírus e prevenir doenças mais graves que afetam outras áreas do corpo. Dessa forma, a perda do olfato pode ser uma indicação de uma forte resposta imune do organismo contra o coronavírus. Além disso, a perda de olfato pode ser um preditor de que uma infecção por SARS-CoV-2 não será tão grave e menos provável de exigir hospitalização. Se uma pessoa infectada perde esse sentido, parece é mais provável que eles apresentem sintomas mais leves, exceto outros fatores de risco subjacentes.
De acordo com os pesquisadores, essas informações podem fornecer aos profissionais de saúde uma indicação precoce de quais pacientes podem necessitar de hospitalização.
Fonte: International Forum of Allergy & Rhinology. DOI: 10.1002/alr.22592.
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