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Tentativas de influenciar a opinião pública contra as vacinas pela Internet

14 de setembro de 2018 (Bibliomed). Uma nova pesquisa sugere que os trolls russos e os robôs de mídia social também tentaram semear informações falsas no Twitter sobre os supostos "perigos" das vacinas.

Pesquisadores analisaram milhares de tweets enviados entre julho de 2014 e setembro de 2017. Eles identificaram tweets enganosos sobre vacinas de várias contas pertencentes aos mesmos trolls russos que interferiram na eleição dos EUA em 2016, bem como bots de marketing e malware.

Segundo os pesquisadores, a grande maioria das pessoas acredita que as vacinas são seguras e eficazes, mas ao olhar para o Twitter dá a impressão de que há muito debate. Acontece que muitos tweets anti-vacinas vêm de contas cuja proveniência não é clara. Podem ser bots, usuários humanos ou 'cyborgs' - contas hackeadas que às vezes são invadidas por bots, segundo comunicado à imprensa da George Washington University.

Embora seja impossível saber exatamente quantos tweets foram gerados por bots e trolls, estas descobertas sugerem que uma parte significativa dos textos online sobre vacinas pode ser gerada por atores maliciosos com uma série de agendas ocultas. "Poluidores de conteúdo" - contas de bot que espalham malware e informações controversas - compartilham mensagens anti-vacinação 75% mais do que a média dos usuários do Twitter, segundo o estudo.

Os pesquisadores também descobriram que centenas de tweets ligando a vacinação a questões contenciosas nos Estados Unidos, como desigualdade racial e econômica, foram enviados por contas ligadas à Internet Research Agency, uma empresa apoiada pelo governo russo acusada por um júri dos EUA por tentar interferir nas eleições de 2016 nos Estados Unidos.

Os resultados foram publicados no American Journal of Public Health.

Fonte: George Washington University. News release.

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