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Nova terapia pode aliviar a dores na vulva

02 de fevereiro de 2022 (Bibliomed). A vulvodínia é uma condição que ocorre em 8 a 10% das mulheres de todas as idades e é caracterizada por dor na vulva, e que está presente durante situações sexuais e/ou não sexuais. O tratamento com base na Internet TAC (Terapia de Aceitação e Compromisso) pode melhorar a acessibilidade e reduzir o estigma relacionado à procura de cuidados de saúde, mas há uma falta de estudos que investiguem o tratamento baseado na Internet usando os princípios da TAC para mulheres com vulvodínia.

Um novo estudo teve como objetivo investigar os efeitos de um tratamento baseado na Internet para a dor durante a relação sexual em mulheres com vulvodínia provocada em comparação com nenhuma intervenção, durante o período de espera antes do tratamento clínico.

Um ensaio multicêntrico randomizado controlado, recentemente publicado, foi realizado no período 2016-2020, no qual 99 participantes foram incluídas. As participantes foram randomizadas para um tratamento baseado na Internet guiado de 6 semanas usando os princípios do TAC ou os cuidados habituais. Os dados foram coletados no início do estudo, 6 semanas após o início do estudo e aproximadamente 10 meses após o início do estudo.

Foram usados ??resultados relacionados à dor (dor durante a relação sexual, teste do tampão, impacto da dor na função sexual) e resultados relacionados ao comportamento da dor (tentativas de relações sexuais, atividades sexuais além da relação sexual, vontade de realizar o teste do tampão, questionário de aceitação da dor crônica) como resultados.

Nos resultados, verificou-se que o tratamento foi eficaz no que diz respeito à dor durante a relação sexual e aceitação da dor. Menos dor durante a relação sexual entre as mulheres no grupo de intervenção foi observada tanto no pós-tratamento e acompanhamento. A diferença média absoluta entre os grupos para dor durante a relação sexual no pós-tratamento foi de -2,84, e de -1,58 no seguimento, onde o grupo de intervenção relatou menos dor do que os controles. Não foram encontradas diferenças entre os grupos ao longo do tempo para medidas de teste de tampão ou impacto da dor na função sexual. Houve uma diferença significativa entre os grupos em todos os momentos, indicando menos tentativas de relações sexuais entre os participantes do grupo de intervenção. No pós-tratamento, as mulheres que se submeteram ao tratamento baseado na Internet relataram maior aceitação da dor e um aumento no envolvimento com a atividade em comparação com o grupo de controle.

Assim, existe uma indicação de que o tratamento baseado na Internet pode ser incorporado à prática clínica como um complemento ao tratamento clínico. O tratamento pela Internet pode ter impacto na dor durante a relação sexual e efeitos positivos na aceitação da dor. No entanto, as conclusões devem ser tiradas com cautela devido ao pequeno tamanho da amostra.

Fonte: The Journal of Sexual Medicine. DOI: 10.1016/j.jsxm.2021.11.019.