Folhetos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
O que são?
O vômito é definido como a expulsão involuntária e violenta das substâncias presentes no estômago em um dado momento. Ocorre em conseqüência da contração da musculatura abdominal e do diafragma (músculo localizado entre o tórax e o abdômen).
Geralmente um episódio de vômito ocorre após a pessoa apresentar uma sensação de enjôo, mal estar, aumento da salivação e abatimento.
Por que ocorrem?
Os vômitos são uma resposta reflexa (daí a sua natureza essencialmente involuntária) produzida em decorrência de diversos estímulos. Esses estímulos tanto podem ser de origem interna, devido a alguma substância química que esteja presente no sangue e seja capaz de produzir o fenômeno, como podem ser de origem externa, ou seja, após a ingestão de algum alimento estragado em que o organismo se utiliza desse reflexo para se livrar de algo que potencialmente possa ser prejudicial.
Os vômitos podem estar associados a outras manifestações de um grande número de doenças, devendo, portanto ser avaliados diante de um contexto de sinais e sintomas para que seja definida sua causa.
Qual sua importância?
Do ponto de vista de proteção, os vômitos são essenciais para que o organismo se livre rapidamente de substâncias capazes de serem tóxicas se forem absorvidas para o sangue nas vias digestivas.
A principal complicação que os vômitos acarretam para o indivíduo é a desidratação, a qual ocorre em decorrência da perda de líquidos e sais minerais no material expelido. Daí a importância da pronta reidratação após cada episódio de vômito, a fim de se prevenir essa complicação.
Qual o tratamento?
Conforme foi dito anteriormente, os vômitos são uma forma de proteção das vias digestivas contra produtos nocivos ao organismo. Dessa forma, apesar de um grande número de medicamentos que ajudam a abolir os vômitos (conhecidos como antieméticos), esses devem ter seu uso restrito a situações especiais, e sempre devem ser usados após consulta e prescrição por um médico.
Assim, os antieméticos são usualmente utilizados nos casos graves, de vômitos repetidos e que não melhoram mesmo após adotadas medidas gerais de suporte (ex: reidratação).
O tratamento deve ser centrado na causa de base, ou seja, na doença que motivou os episódios de vômitos. Com isso o sintoma tende a melhorar e cura-se espontaneamente, sem necessidade de medicação específica. Vale frisar novamente a importância da reidratação, com a ingestão abundante de líquidos e de sais de reidratação oral durante os episódios.
Lembre-se, somente o médico poderá orientar o tratamento de seu filho portador desta condição.
Fonte:
Vasconcelos MC. Febre, tosse e vômito. In: Leão E, Corrêa EJ, Viana MB, Mota JAC. PEDIATRIA AMBULATORIAL, 4a edição. Coopmed Editora Médica, Belo Horizonte -MG, 2005: 220 – 237.
Veja também