Rotigotina pode ajudar a preservar a função cognitiva em pacientes com doença de Alzheimer

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Saúde do idoso

O medicamento rotigotina pode retardar a progressão da doença de Alzheimer o suficiente para permitir que os pacientes continuem as atividades cotidianas normais por um longo período de tempo. É o que mostra estudo realizado na Università degli Studi di Roma "Tor Vergata", na Itália.

Os pesquisadores disseram, no entanto, que o agente, usado no tratamento da doença de Parkinson e da síndrome das pernas inquietas, parece não melhorar outros aspectos da disfunção cognitiva associada à doença, como perda de memória. Os resultados do estudo de fase 2 (o segundo passo no processo de avaliação e aprovação de medicamentos) baseiam-se no desempenho de 78 pacientes em três avaliações comumente usadas para a doença de Alzheimer. No total, 36 dos participantes do estudo receberam rotigotina, que é administrada como um adesivo transdérmico aplicado diariamente na pele, enquanto 42 receberam um placebo. Na primeira avaliação, a Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS, em inglês), que avalia a compreensão da memória e da linguagem, e pontua os pacientes com doença de Alzheimer em uma escala de 0 a 150, com pontuações mais altas indicando pior função cognitiva, as pontuações médias entre os participantes do estudo melhoram em ambos os grupos: de 23 para 20 naqueles tratados com rotigotina, e de aproximadamente 22 para 19 naqueles que receberam o placebo. No entanto, os participantes que receberam rotigotina viram suas pontuações na avaliação das Atividades de Estudo Cooperativo da Vida Diária de Alzheimer (ADCS-ADL) alcaçaram pontuação 58, enquanto os que receberam placebo tiveram suas pontuações em 56. A ADCS-ADL é uma escala de 0 a 78 que mede a capacidade das pessoas com Alzheimer de realizar atividades diárias normais, com pontuações mais baixas indicando pior desempenho. O desempenho dos participantes no teste Frontal Assessment Battery (FAB) também diminuiu em média 0,5 pontos para os que usam rotigotina e 0,7 pontos para os que receberam placebo. A FAB é uma escala de 0 a 18 usada no diagnóstico da doença de Alzheimer, com pontuações mais altas indicando melhor função cognitiva. Os ensaios clínicos de fase 3, que estão em andamento, são necessários para confirmar os achados, mas, até o momento, a rotigotina “parece segura” em pessoas com Alzheimer. A droga tem sido usada há anos em pessoas com doença de Parkinson, sem problemas significativos. Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2020.10372.

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