Maus hábitos de sono podem causar obesidade em crianças

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Sono

destaque_sono-criancaCrianças que não dormem o suficiente têm maior probabilidade de desenvolver estilo de vida pouco saudável e se tornarem obesas, mostra estudo da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, que revelou, também, que quanto menos horas as crianças dormem, mais tempo elas passam em frente a telas.

A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que crianças com idades entre seis e 12 anos devem dormir regularmente entre nove e 12 horas para ter uma boa saúde, enquanto adolescentes entre 13 e 18 anos devem ter entre oito e 10 horas de sono.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 177 mil crianças na Grécia, sendo 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino, com idade entre oito e 17 anos. Foram verificados os hábitos alimentares, as horas de sono em dias da semana e em finais de semana, a prática de atividades físicas e de atividades sedentárias. Foram utilizados questionários eletrônicos preenchidos nas escolas com a assistência de professores. Medidas antropométricas e de aptidão física foram obtidas por professores de educação física.

Das crianças analisadas, 42,3% dos meninos e 37,3% das meninas relataram períodos de sono menores. Adolescentes relataram menor tempo de sono em relação às crianças (42,1% versus 32,8%, respectivamente). A duração insuficiente do sono foi associada a hábitos alimentares pouco saudáveis, como pular o café da manhã, consumo de fast food e doces regularmente. Após ajuste para várias covariáveis, a duração insuficiente do sono foi associada a hábitos alimentares insuficientes, aumento do tempo de tela e excesso de peso/obesidade.

Os pesquisadores concluíram que a duração insuficiente do sono foi associada a um perfil de estilo de vida pouco saudável entre crianças e adolescentes, resultados que mostram a necessidade de pais, professores e profissionais de saúde promoverem estratégias que enfatizem padrões de sono saudáveis ​​para crianças em idade escolar em termos de qualidade e duração.

Fonte: Journal of Clinical Sleep Medicine. Volume 14. Nº10. Páginas 1689 a 1696.

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