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Doença de Parkinson

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© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Sintomas
- Causas
- Tratamento

Introdução

A Doença de Parkinson foi descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson. Ela é um distúrbio neurológico do movimento, progressivo e degenerativo que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos.

Estimativas indicam que até 2030, o número de brasileiros com Doença de Parkinson poderá dobrar, representando cerca de 3% da população com 60 anos ou mais. A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da Doença de Alzheimer.

Atualmente, sabe-se que a doença envolve múltiplos sistemas, englobando aspectos motores e não motores. É de conhecimento mais amplo da população os sintomas motores típicos da doença, como o tremor dos membros, além da lentidão dos movimentos, rigidez muscular e a instabilidade postural que os pacientes apresentam, porém, outros aspectos, os chamados não motores, muitas vezes são negligenciados.

Sintomas

Os sintomas mais comuns da Doença de Parkinson são:

- Tremor: é o sintoma mais conhecido e consiste em agitação invonluntária e rítmica de um membro, cabeça ou até do corpo todo. Pode começar como um tremos ocasional em um dedo, por exemplo, que depois vai se espalhando pelo braço. Em estágio inicial, pode afetar apenas uma parte ou lado do corpo.

- Rigidez: o paciente pode apresentar rigidez ou inflexibilidade de membros e articulações, geralmente começando pelas pernas e pescoço.

- Lentidão ou ausência de movimentos: também confisco como bradicinesia ou acinesia, respectivamente, é um dos sintomas mais clássicos da doença, que faz com que o paciente desenvolva uma postura inclinada e caminhada lenta e arrastada, além de poder perder a capacidade de iniciar e manter o movimento. A acinesia pode ocorrer após anos da doença, e consiste pela perda total dos movimentos do corpo.

- Instabilidade postural: consiste na deficiência de equilíbrio e coordenação, na qual o paciente tende a ter uma posição inclinada para frente ou para trás.

- Sintomas não-motores: pessoas com Doença de Parkinson podem apresentar sintomas como constipação intestinal, disfunção erétil e urinária, alterações cognitivas, dor, perda de peso e distúrbios do humor, que podem se apresentar como ansiedade, depressão ou ambos, além de déficits olfatórios, distúrbios do sono.

Causas

A Doença de Parkinson é causada pela degeneração da substância nigra, que é uma é uma porção heterogênea do mesencéfalo responsável pela produção de dopamina no cérebro. Conforme os neurônios dessa região morrem, o cérebro é privado da dopamina, que permite às células cerebrais envolvidas no controle de movimentos se comuniquem e é justamente essa redução que causa a doença.

Tratamento

Embora não tenha cura, a Doença de Parkinson tem tratamento, que varia conforme os sintomas e a gravidade desses.

- Tratamento medicamentoso: podem ser utilizados medicamentos dopaminérgicos (que têm ação semelhante à dopamina), inibidores de decarbozilase, agonistas de dopamina (medicamento que se une aos receptores de dopamina e imita a sua ação), anticolinérgicos (drogas que relaxam os músculos lisos e ajuda no controle dos tremores), inibidores de MAO-B (medicamentos que bloqueiam uma enzima que quebra a dopamina, permitindo que ela permaneça no receptor por mais tempo), e inibidores de COMT (medicamentos que se unem aos receptores de dopamina e imitam sua ação.

- Palidotomia: destruição de uma região do cérebro envolvida no controle do movimento.

- Terapia de Estimulação Cerebral Profunda (ECP):  consiste em um dispositivo médico implantado, semelhante a um marca-passo, que cria uma estimulação elétrica em regiões precisamente específicas do cérebro, permitindo que os circuitos cerebrais que controlam o movimento funcionem melhor.

Copyright © Bibliomed, Inc. 14 de abril de 2021.