Artigos de saúde
Neste Artigo:
- População
dos Países em Desenvolvimento Será a Mais Afetada
- Osteoporose
- Doença Atinge 25% dos Brasileiros
- Quedas Comprometem Saúde na Terceira
Idade
- Produto Diminui Risco de Fraturas
na Bacia
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Tema
O número de fraturas de quadril em todo o mundo deve crescer em três vezes neste
novo século. Esse aumento se torna ainda mais preocupante uma vez que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) calcula que 75% de todas as fraturas de quadril no mundo vão
ocorrer nos países em desenvolvimento.
População
dos Países em Desenvolvimento Será a Mais Afetada
Atualmente, segundo a OMS, a maioria das fraturas de quadril acontece nos países da
Europa e da América do Norte. A projeção se baseia no fato de que as mudanças
demográficas que devem ocorrer nos próximos 50 anos aumentarão significativamente o
número de idosos na Ásia, África e América do Sul. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de 30 a 59 anos subiu de 25% da
população brasileira (em 1940) para 32,9% (em 1998), e deverá chegar a 40,2% em 2020.
Os idosos, acima de 60 anos, somavam 12,4 milhões de pessoas em 1998 e podem ser 25
milhões nos próximos 21 anos.
O maior aliado da população da terceira idade, diante dessa perspectiva nada animadora,
é investir na prevenção. Isso significa o mesmo que se cercar de cuidados e
procedimentos que evitam a osteoporose, doença degenerativa dos ossos e maior
responsável pelas fraturas de bacias entre os idosos.
Na União Européia, a cada 30 segundos uma pessoa sofre de fratura em virtude da
osteoporose. Estima-se que em 2050, na América Latina e na Ásia, a freqüência de
fraturas na bacia decorrente da doença nos ossos deverá ser para um em cada dois casos.
Na Ásia, segundo registros médicos, é considerada mais dramática a expectativa de
aumento dos casos de fraturas na bacia nas próximas décadas. Outras pesquisas mostram
que no Oriente Médio vai triplicar o número de fraturas no quadril causadas pela
doença, nos próximos 20 anos.
Osteoporose
A Osteoporose é a redução de massa óssea, que enfraquece os ossos, possibilitando que
se quebrem com trauma mínimo. Embora seu início ocorra em torno dos 35 anos, de forma
lenta e silenciosa, os prejuízos causados pela doença só são sentidos um bom tempo
depois. As mulheres, de um modo geral, correm maior risco de desenvolvê-la devido à
diminuição dos estrogênios. Se a menopausa ocorrer precocemente, os riscos são ainda
maiores. O processo de formação da osteoporose é indolor até o momento em que ocorre
uma fratura que se localiza, mais freqüentemente, nas regiões do punho, quadril, coluna
e ombro. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), existem
alguns fatores favorecem o surgimento da doença, entre elas estão a raça branca,
histórico familiar, vida sedentária, alimentação deficiente, uso do álcool, fumo ou
café, doenças metabólicas e uso de determinados medicamentos.
Doença Atinge 25% dos Brasileiros
Estima-se que 25% da população brasileira sofra de osteoporose. Segundo a
Fundação Internacional de Osteoporose, 40% das mulheres do mundo correm o risco de ter
uma fratura em razão da doença. Entre os homens, a porcentagem é de 13%. Para evitar o
enfraquecimento dos ossos, os especialistas recomendam que, a partir dos 40 anos, as
mulheres tomem pelo menos quatro copos de leite por dia. Para ambos os sexos, o ideal é
praticar diariamente uma atividade física por, pelo menos, 30 minutos. A exposição ao
sol também é importante: 15 minutos diários já são suficientes. Mas em vários casos
é preciso também tomar remédios que bloqueiam a reabsorção óssea pelo organismo,
além do consumo de complementos de vitamina D e de cálcio. A densitometria óssea é o
exame mais adequado para apontar a existência do risco e assim iniciar um tratamento
preventivo.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a osteoporose não leva à morte, mas
aumenta significativamente o risco de fraturas nos idosos, geralmente na bacia ou no
fêmur. De acordo com a Sociedade Brasileira de Osteoporose, o homem tem fisiologicamente
30% a mais de massa óssea que a mulher, o que faz com que os riscos sejam maiores nas
mulheres. Já com as pessoas da raça negra a possibilidade é menor porque possuem 10% a
mais de massa óssea que os brancos.
Até os 35 anos, o volume do osso das pessoas permanece estável. A partir de então,
perde-se 0,4% ao ano. Segundo os registros da Fundação Internacional de Osteoporose, os
riscos de fratura na bacia, em mulheres é maior do que a somatória das possibilidades em
desenvolver câncer de mama, no útero ou ovário, durante uma vida inteira. Isso
significa que a prevenção da osteoporose nas mulheres é tão importante quanto o
preventivo ginecológico.
Quedas Comprometem Saúde na
Terceira Idade
Um dos problemas mais sérios e freqüentes para os idosos está relacionado às quedas.
Com um quadro de saúde normalmente mais comprometido, os processos de queda podem, muitas
vezes, propiciar vários agravantes para esse público. As quedas podem ocasionar
fraturas, gerar medo e insegurança, reduzir a mobilidade das pessoas e provocar uma
complicação silenciosa. As mulheres têm até três vezes mais chances de sofrer quedas.
Fraturas de quadril, fêmur, traumatismos cranianos, luxações, grandes escoriações e
hematomas são alguns resultados de quedas desses idosos, que têm recuperação mais
lenta e se tornam mais vulneráveis à reincidência. A queda para os idosos significa
mais do que uma eventualidade clínica, pois pode determinar uma série de
comprometimentos suficientes para levar uma pessoa a ter seqüelas pelo resto da sua vida.
Contudo, mesmo com o aumento da população da terceira idade e a falta de políticas e
serviços de saúde no Brasil direcionados aos idosos, as quedas não deixarão de ter um
peso importante, porém medidas preventivas básicas, como adaptação do ambiente
residencial, mais exercícios intelectuais e atividades físicas adequadas são sugestões
para evitar quedas na terceira idade.
Produto Diminui Risco de Fraturas
na Bacia
Proteções que se encaixam sobre a cabeça do fêmur podem reduzir em até 84% o
risco de fraturas na bacia. Segundo a OMS, o novo produto já está em uso nos Estados
Unidos e promete eliminar entre 252 mil a 300 mil casos de fraturas entre os idosos.
Naquele país, cerca de um em cada quatro idosos hospitalizados por fraturas deste tipo
morre no período de um ano.
Cada protetor, no formato de uma mão e posicionado no local por uma roupa íntima
elástica, é desenhado para proteger a cabeça do fêmur próxima ao ponto de encontro
com a bacia. Se uma pessoa cai, ele desloca a força do impacto para longe, protegendo a
quadril.
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16
de Janeiro de 2001
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