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28 de maio de 2009 (Bibliomed). Um estudo com mais de 60 mil mulheres de dez países indica que a maioria das mulheres com mais de 55 anos de idade que apresentam alto risco de fraturas ósseas – por causa, por exemplo, de histórico familiar ou uso de esteroides – desconhece seu risco aumentado. Além disso, segundo os autores, apesar de haver muitas formas de reduzir o risco de fratura, a aderência a esses métodos é, frequentemente, ruim.
Liderados pelo cientista Silvano Adami, da Universidade de Verona, Itália, os pesquisadores avaliaram o risco percebido para fratura relacionada à osteoporose – doença marcada pela redução da massa óssea, deixando os ossos ocos, finos e sensíveis – em mulheres que tinham fatores de risco. Entre os fatores de risco, incluíam-se fratura óssea anterior, mãe com histórico de fratura no quadril, pesar menos de 57 kg, ingestão de mais de 20 unidades de álcool por semana, uso atual de esteroide, e artrite reumatóide.
Em uma escala de cinco pontos, que ia do risco “muito menor” ao “muito maior”, 66% das mulheres que já tinham sofrido fratura classificavam seu risco como menor ou igual ao risco das outras mulheres da mesma idade. E, entre aquelas com osteoporose, 55% acreditavam que não tinham um maior risco de fraturas ósseas.
Além disso, as análises mostraram que 75% daquelas com alto risco de fraturas – indicado por um índice que considerava idade, densidade mineral óssea, fratura após 50 anos, peso menor de 57 kg, tabagismo e uso dos braços para se levantar de uma cadeira – acreditavam que suas chances de ter o problema eram menores ou os mesmos do que as outras da mesma idade.
Apesar de recomendarem cuidados na interpretação dos resultados, os especialistas destacam que as descobertas indicam a necessidade de se identificar os principais fatores de risco para as fraturas e informar as mulheres sobre seus riscos, para que elas possam tomar as medidas necessárias para a prevenção.
Fonte: European Symposium on Calcified Tissues. Press release. 23 de maio de 2009.
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