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06 de Junho de 2002 (Bibliomed). Onze mulheres de destaque no cenário mundial participaram de reunião intercontinental para debater melhorias de acesso ao diagnóstico e tratamento da doença em diversos países. A rainha Rania da Jordânia, a inglesa Camilla Parker Bowles, presidente da Sociedade Nacional de Osteoporose do Reino Unido e a norte-americana Ann Richards, governadora do Estado do Texas, entre outras, estiveram presentes em um debate juntamente com as líderes femininas da Fundação Internacional para a Osteoporose, durante o Congresso Mundial de Osteoporose, em Lisboa, Portugal.
Entre os temas, foi discutida a dificuldade de acesso aos testes de diagnóstico e tratamento antes da ocorrência da primeira fratura, o que deixa as mulheres acometidas pela doença mais suscetíveis a posteriores problemas ósseos, provocando crescente necessidade de hospitalização e reabilitação de custo financeiro elevado. Em diversos países, os testes medidores de massa óssea não são reembolsados pelo governo, dificultando a identificação precoce da doença.
Um abaixo-assinado chegou a ser elaborado por participantes do congresso. O documento cobra das autoridades de saúde pública maior disponibilidade para a realização do exame de densitometria óssea em mulheres que apresentam fatores de risco para a osteoporose. Também solicita financiamento de terapias comprovadas e viabilização da oferta de medicamentos de última geração, já disponíveis no mercado.
Uma brasileira foi convidada para o encontro como representante dos países latino-americanos. A brasileira que criou o Grupo de Apoio a Pacientes Artríticos do Rio de Janeiro e de São Paulo, Maria Regina Vasone Prado, seria a porta-voz da Sociedade Brasileira de Osteoporose. Aos 63 anos, é portadora de osteoporose em sua forma severa e não teve condições físicas de participar do evento. Em fita de vídeo, porém, enviou depoimento em que relata a falta de prioridade do tratamento da osteoporose na área de saúde pública brasileira.
Estima-se que a osteoporose acometa cerca de 150 milhões de pessoas no mundo – entre mulheres (principais vítimas) e homens. A osteoporose é o enfraquecimento dos ossos que pode ocorrer à medida que a pessoa envelhece. Os ossos se tornam mais finos e mais fracos, o que aumenta o risco de fraturas diante de quedas ou pequenas lesões. A doença pode resultar num longo período de internação hospitalar, deficiências e até morte. É mais comum em mulheres brancas e asiáticas, principalmente magras.
Após a menopausa, as mulheres produzem menor quantidade de estrogênio, hormônio sexual que garante o depósito de cálcio nos ossos. Uma diminuição dessa taxa corresponde ao enfraquecimento dos mesmos.
O fumo, o sedentarismo, a alimentação deficiente de cálcio e histórico familiar são fatores de risco. Nem sempre os sintomas são perceptíveis até que algum osso quebre. As regiões da bacia, braços e punhos são afetados com maior freqüência.
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