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O Exame Pélvico Feminino

As mulheres em geral estão habituadas à alguns dos procedimentos dos ginecologistas, especialmente, a citologia. Entretanto, o exame pélvico, uma das principais ferramentas que a ciência possui para avaliar o estado da mulher é desconhecido pela maioria delas.

O objetivo principal do exame é estudar os órgãos reprodutivos da mulher para constatar qual é o seu o estado: o útero, a vagina, os ovários e as trompas de Falópio. Ao contrário da citologia que realiza-se periodicamente, o exame pélvico – segundo a ginecologista María Cristina Medina - realiza-se em conjunturas específicas da vida da mulher:

· Nas mudanças dos ciclos: gravidez, pós-parto, menopausa

· Quando há dor ou mudanças notórias nos genitais femininos

· Quando há acesso carnal violento: violação

Em termos gerais, o exame é realizado por um ginecologista através do toque profundo dos genitais femininos, mediante a utilizaçao de um espelho - sustenta Medina - o especialista pode reconhecer as alterações dos órgãos reprodutivos da mulher. Por exemplo, durante a gravidez e o pós-parto é de grande utilidade para saber como está evoluindo o feto ou a volta à normalidade dos genitais, respectivamente.

Segundo Medina, a maior parte dos exames pélvicos buscam, por meio do toque, o reconhecimento de possíveis tumores. Devido ao fato de que diferentes tipos de câncer ginecológicos apresentam-se – com maior freqüência - depois da menopausa, este procedimento é mais freqüente em mulheres com mais de 50 anos.

Em alguns casos, o toque não é unicamente vaginal, pode ser retal para comprovar outras anomalias como hemorróidas e fissuras, próprios de alguns períodos como a gravidez.

A Preparação

A preparação da paciente é importante. Para este tipo de exame, a mulher deve ter sua bexiga completamente vazia e evitar – nas 24 horas anteriores ao exame - as relações sexuais.

Durante a Gravidez

Exceto em algumas semanas de gestação (35-40), a prática deste exame busca detectar algumas anomalias que podem apresentar-se na gravidez. Através dele analiza-se a possibilidade de que existam varizes vulvares e realizam-se cuidadosos estudos da cérvice e do útero.

Exame Pélvico de Imagem

Carlos Alberto Carrasquilla, ginecologista cirúrgico, sustenta que o exame pélvico de imagem é um dos exames mais comuns – em caso de diagnóstico - para os órgãos internos tanto nas mulheres como nos homens, onde pode-se diagnosticar diversos sintomas e malformações no corpo humano. Entretanto, o exame é praticado com mais freqüência no sexo feminino.

Através do exame pélvico de imagem diagnóstico pode-se visualizar os órgãos genitais internos femininos e detectar enfermidades tumorais, benignas ou malignas, de ovário ou útero e também infecções agudas ou crônicas.

O exame consiste em uma ecografia ou freqüência de som que ao chocar-se com um órgão sólido (com o útero ou os ovários) nos dá uma imagem. Nela pode-se detectar os distintos parâmetros de enfermidades como massas, crescimento de tecidos e acúmulo de líquidos.

Estas imagens, comparadas com padrões de normalidade (derivadas de estudos epidemeológicos extensos), lançam números através dos quais pode-se determinar as diferentes percentagens de variações na mulher, importantes para detectar anomalias.

A importância deste exame, em relação ao toque ginecológico, é devido aos grandes avanços científicos que permitem ao especialista visualizar os corpos de forma tridimensional, e não plana ou por uma única face como é a radiografia.

A preparação física do paciente para este exame é muito simples. Ao contrário do exame pélvico tradicional, neste o paciente deve ingerir líquidos em abundância, para ter a bexiga completamente cheia e assim ajudar nas freqüências de sons emitidas pelo Ecógrafo, no qual só funciona em corpos sólidos.

A prática deste exame não é muito freqüente, somente quando recomendado pelo especialista. Segundo Carrasquilla, normalmente a mulher adolescente –em idade fértil- antes de seu primeiro período menstrual poderá realizar um exame para documentar ou fazer uma avaliação, com a finalidade de diagnosticar doenças ou complicações no seu desenvolvimento físico ou hormonal.

Da mesma forma, é tradicional que a mulher climatérica ou em avançada idade (mulher entre os 48 e 54 anos) realize este exame como estudo inicial da menopausa, com o objetivo de iniciar a análise sobre a conveniência de receitar medicamentos de suplemento hormonal para este período. No climatério, o exame pode ser realizado com uma freqüência de até uma vez por ano.

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