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NEW YORK, 07 de março – Exercícios físicos pesados podem às vezes desencadear um ataque cardíaco, particularmente em pessoas que normalmente levam uma vida sedentária, relatam pesquisadores da Suécia.
O risco de ataque cardíaco foi seis vezes mais alto durante atividades extenuantes do que durante atividades leves ou repouso, de acordo com os resultados do estudo de aproximadamente 700 homens e mulheres que sofreram um primeiro ataque cardíaco.
Ainda assim, o exercício físico desencadea um ataque cardíaco apenas raramente, correspondendo a cerca de 6% das pessoas com idades entre 45 e 70 anos, relatam o Dr. Johan Hallqvist, do Karolinska Institute em Sundbyberg, e colaboradores na edição de março do American Journal of Epidemiology.
Entre os pacientes estudados, cerca de 6% haviam se exercitado ao pondo de "arquejarem e suarem" dentro de uma hora antes de seus ataques. O risco de ataque cardíaco teve seu pico durante a atividade – 6.1 vezes maior do que o normal. Quinze minutos depois do exercício, o risco caiu, mas permaneceu ligeiramente elevado. O risco aumentado desapareceu 45 minutos após o fim da atividade física.
O condicionamento físico, de acordo com os pesquisadores suecos, pareceu diminuir o impacto do exercício pesado sobre o coração dos indivíduos. O risco mais alto foi visto entre aqueles que disseram que haviam se exercitado "muito pouco" ao longo de suas vidas ou que raramente realizavam o esforço extenuante que disparou seus ataques cardíacos. O risco diminuiu com o aumento dos níveis de exercício, mas o risco para os que se "exercitavam regularmente" foi na verdade mais alto do que o risco dos que se exercitavam "ocasionalmente", indicam os resultados do estudo.
Contudo, pesquisas anteriores – incluindo um estudo dos EUA de mais de 1.200 pacientes que sofreram ataques cardíacos – encontraram que o risco de um ataque cardíaco desencadeado por exercícios diminui rapidamente quanto mais a pessoa se exercita. No estudo da Suécia, os principais fatores de risco para ataque cardíaco – fumo, obesidade, pressão alta e diabetes – não afetaram o risco relacionado aos exercícios de cada indivíduo.
FONTE: American Journal of Epidemiology 2000;151:459-467.
Publicado em Bibliomed Saúde em 16/03/2000
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