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Dois Bilhões de Pessoas Vivem na Miséria, Informa ONU

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um terço dos 6 bilhões de habitantes do mundo vivem na miséria, uma situação de "brutal desigualdade" que mancha o nascimento do novo milênio, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU).

Em um relatório sobre a população mundial a ser divulgado na quarta-feira, o representante do Fundo de Populações da ONU no México afirma que um dos sinais da grande distância que separa os maios ricos dos mais pobres era que a renda per capita em 17 países superava 20 mil dólares por ano. De outro lado, 21 países sobreviviam com uma renda per capita de menos de 1.000 dólares por ano.

Em um dos extremos da escala estavam a Tanzânia e Serra Leoa, com rendas per capita de menos de 500 dólares por ano. No extremo oposto, estão EUA, Noruega, Suíça e Cingapura.

Alfonso Sandoval, o representante do fundo no México, afirmou que 80 por cento dos habitantes do mundo viviam em países do Terceiro Mundo, contra 20 por cento em países desenvolvidos, entre os quais o relatório incluiu a Rússia.

O documento afirma ainda que o número de pessoas na Terra em junho último chegou a 6,055 bilhões, e que a taxa de crescimento anual estava em 1,3 por cento. Isso significa que a população aumenta em 76 milhões de pessoas a cada ano. "Ou 145 pessoas por minuto, ou 2,4 por segundo", afirmou Sandoval.

Segundo o representante, nos próximo cinco anos, a Europa deve começar a assistir ao encolhimento de suas populações. Os países desenvolvidos, de um modo geral, chegarão a esse estágio dentro de 20 anos.

O relatório da ONU faz referência ao documento do Banco Mundial divulgado na semana passada, mostrando que os esforços para a redução da pobreza haviam obtido resultados bastante desiguais no mundo.

Segundo a instituição, na América Latina, por exemplo, os índices de pobreza diminuíram no Brasil, no Chile, em Honduras e na República Dominicana. Na Argentina, Bolívia, Colômbia e Paraguai, os índices de pobreza permaneceram inalterados. No México, Equador e Venezuela, eles pioraram.

Sinopse preparada por Reuters Health

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