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Belo Horizonte, 27 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), intitulado "A Situação da População Mundial 2001", demonstrou que cerca de 77% das mulheres brasileiras casadas ou com união estável em idade fértil (15 anos a 49 anos) utilizam métodos contraceptivos. Os técnicos da ONU informam que a taxa brasileira é uma das mais elevadas entre os países da América do Sul e Central e semelhante à registrada em países desenvolvidos, como Suécia (78%) e Estados Unidos (76%).
Em uma comparação do uso de métodos contraceptivos modernos (ligadura de trompas, anticoncepcional oral - pílula, dispositivo intra-uterino - DIU e anticoncepcional injetável) feita pela ONU entre diversos países, o Brasil também ocupou um índice considerado alto (70%); Estados Unidos (71%) e Noruega (69%). A última pesquisa feita no Brasil sobre a ligadura de trompas, há três anos, identificou que cerca de 40% das mulheres brasileiras acima de 27 anos fizeram a cirurgia de esterilização.
Os técnicos acreditam que o uso significativo de contraceptivos tem relação com o aumento das taxas de urbanização, o ingresso da mulher no mercado de trabalho e novos padrões familiares, com um número cada vez menor de filhos. A taxa considerada elevada é um dos motivos que fazem os especialistas preverem que a população brasileira não crescerá em ritmo tão acelerado quanto em outros países em desenvolvimento nos próximos 50 anos.
Se a atual queda no crescimento da população se mantiver nos próximos anos, a estimativa é de que a população brasileira chegue a 2050 com cerca de 247 milhões de habitantes. A estimativa para a população atual feita pela ONU é de aproximadamente 172 milhões de pessoas no Brasil em 2001.
A ONU desenvolve as estatísticas comparativas entre os países a partir de dados oficiais fornecidos pelos próprios governos. Os dados de utilização de métodos contraceptivos no Brasil foram fornecidos pelo sistema de informações do Ministério da Saúde.
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