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Bactérias espaciais ajudam na elaboração de medicamentos

25 de março de 2011 (Bibliomed). Pesquisas realizadas em ônibus espaciais estão ajudando os cientistas a desvendar como as doenças infecciosas ocorrem. Objetivando aperfeiçoar o tratamento de doenças que acometem os astronautas em missão, a pesquisa poderá beneficiar também a população que permanece aqui na Terra.

A bactéria estudada foi a Pseudomonas aeruginosa, a mesma que infectou e provocou febre no astronauta Fred Haise na missão Apollo 13 à Lua, em 1970. Em 2006, o ônibus espacial Atlantis fez experimentos com a Salmonella typhimurium, e mostrou que esses organismos cultivados no espaço são bem mais letais aos seres vivos que os cultivados na Terra.

Os cientistas acreditam que essas pesquisas possam levar ao desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos a serem utilizados no combate às infecções. “Pela primeira vez pudemos ver que duas espécies diferentes de bactérias - Salmonella e Pseudomonas - compartilham o mesmo mecanismo básico de regulação, ou controle mestre, que controla várias das respostas dos micróbios ao ambiente espacial," diz Cheryl Nickerson, professora do Centro de Doenças Infecciosas e Vacinologia, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, o ambiente de microgravidade do espaço altera os reguladores das bactérias de forma semelhante ao que ocorre no processo de desenvolvimento da infecção no corpo humano.  “Nós descobrimos que os aspectos do ambiente que os micróbios encontraram durante o vôo espacial imita as condições essenciais que os patógenos normalmente encontram em nossos corpos durante o curso natural da infecção, especialmente no sistema respiratório, sistema gastrointestinal e urogenital," disse Nickerson.

A Pseudomonas aeruginosa pode coexistir com o organismo humano de forma benigna, mas em pessoas com problemas imunológicos pode levar à morte. A bactéria é a principal causa de óbitos entre pacientes com fibrose cística e representa risco para vitimas de queimadura.

Fonte: Diário da Saúde, 23 de março de 2011

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