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Exame de sangue pode detectar primeiros sinais de enfisema

15 de março de 2011 (Bibliomed). No futuro, quando uma pessoa fizer exames de sangue para um check-up anual da saúde, poderá também fazer exames para detectar o desenvolvimento inicial de enfisema, antes mesmo que sintomas se manifestem.

A comunidade médica acredita que esse exame será um auxílio forte para os fumantes que querem abandonar o vício. Como a maioria dos casos de enfisema são causados por cigarros, quando a pessoa ver que já está mostrando sinais de desenvolver a doença pode se sentir motivada a largar o hábito.

“Nós sabemos, de outras pesquisas, que fumantes que descobrem a partir de evidências objetivas que a saúde deles está em perigo têm mais chances de parar. Essa é a única coisa que vai ajudá-los a evitar esse distúrbio mortal”, diz o Dr. Ronald G. Crystal, autor da pesquisa que desenvolveu o teste.

Os alvéolos pulmonares são a parte do pulmão onde acontecem as trocas de gás. À medida que eles são destruídos, o pulmão se torna incapaz de conseguir oxigênio suficiente para abastecer o corpo e de retirar o dióxido de carbono da corrente sanguínea.

Os pesquisadores deduziram que com os danos dos alvéolos, esses liberariam partículas (chamadas de microparticulas endoteliais - EMP) na corrente sanguínea, o que indicaria que estragos estão sendo causados ao pulmão. De acordo com o Dr. Crystal, “nossos vasos sanguíneos estão sempre sendo reabastecidos, então todos nós temos algum nível de EMPs no sangue. O que nós estamos procurando são níveis elevados de EMPs. Para fumantes, esse é o equivalente de um detector de fumaça soando seu alarme; níveis elevados de EMPs sugerem que os alvéolos estão sendo danificados e é hora de agir”.

Nos testes realizados com voluntários em laboratórios, os pesquisadores encontraram uma taxa de 95% de correlação entre níveis elevados de EMPs no sangue e o teste tradicional que detecta a enfisema. Os pesquisadores estão realizando mais estudos e experimentos que confirmem as descobertas iniciais.

O estudo foi publicado em American Journal of Respiratory and Critical CareMedicine.

Fonte: EurekAlert! 11 de março de 2011

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