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Estilo de fala influencia a compatibilidade entre casais

26 de janeiro de 2011 (Bibliomed). As pessoas se sentem atraídas por indivíduos que são parecidos com elas. A escolha de um parceiro é feita a partir de semelhanças da personalidade, valores e aparência, mas um novo estudo mostra que o estilo da fala também pode ser um indicativo da compatibilidade do casal.

O estudo observa as palavras de conjunção – que funcionam como uma forma de união de duas orações e não possuem função sintática. São palavras como se, que, porque, mas, nem. O estilo de fala e escrita de uma pessoa é estabelecido a partir da forma como essas palavras são utilizadas.

O co-autor do estudo, James Pennebaker (Universidade do Texas, no EUA) explica que “Conjunções são altamente sociais e elas exigem habilidades sociais para serem usadas. Por exemplo, se eu estou falando sobre o artigo que vai sair, e em alguns minutos eu faço uma referência ao “artigo”, você e eu sabemos o que o artigo significa”. Porém, o significado estaria perdido para alguém que não estivesse participando do diálogo.

Pennebaker e a co-autora do estudo, Molly Ireland, realizaram dois experimentos para medir a compatibilidade de casais através do estilo de fala. Eles mediram também a probabilidade de um relacionamento dar certo e sua duração.

No primeiro experimento, alunos de universidade tiveram encontros de quatro minutos com outros estudantes. As conversas gravadas tinham basicamente os mesmos assuntos, mas a análise das palavras utilizadas por eles mostrou diferenças. Os pares de estilo de fala compatível tinham quatro vezes mais probabilidade de querer manter contato.

O segundo experimento analisou chats de internet de casais durante 10 dias, e 80% dos casais que tinham o estilo de escrita parecido ainda estavam juntos três meses depois.

A equipe da pesquisa disponibilizou na internet um aplicativo que permite que as pessoas insiram suas conversas com seus parceiros e meçam o grau de compatibilidade. A sincronização da fala não é algo feito conscientemente. “O que é maravilhoso nisso é que nós não fazemos essa decisão realmente; isso simplesmente sai das nossas bocas”, diz Pennebaker.

Clique aqui e conheça o teste do aplicativo para medir o grau de compatibilidade.

Fonte: Association for Pyschological Science. 25 de janeiro de 2011.

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