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Excesso de peso pode provocar hipertensão em crianças e atrapalhar seu tratamento

02 de setembro de 2010 (Bibliomed). O sobrepeso e a obesidade têm uma importante influência no desenvolvimento de pressão alta em crianças e afetam negativamente a eficácia dos medicamentos para tratamento da hipertensão. Essas foram as conclusões de um estudo polonês que avaliou 38 pacientes hipertensivos - 30 meninos e oito meninas - com idades entre nove e 17 anos, e cujos resultados foram apresentados nesta semana no Congresso Europeu de Cardiologia.

Na pesquisa, todos os pacientes foram tratados com medicamentos chamados betabloqueadores e inibidores de ACE e, em caso de controle insuficiente da pressão, antagonistas de cálcio ou diuréticos eram acrescentados. E os pesquisadores avaliaram a pressão sistólica (maior número na medida da pressão) e diastólica (menor número) dos participantes antes do tratamento e após três meses, além de fatores como peso, altura, índice de massa corporal (IMC), e as concentrações de colesterol e triglicérides.

Após três meses de tratamento, todos os pacientes alcançaram controle satisfatório da pressão arterial. Entretanto, os pesquisadores notaram uma relação significativa entre a pressão sistólica e a obesidade. Além disso, de acordo com os especialistas, o excesso de peso parecia atrapalhar a eficácia do tratamento: a pressão sanguínea após o tratamento era significativamente maior entre os pacientes obesos, comparados àqueles com peso normal. As concentrações de colesterol também eram maiores em pacientes obesos e naqueles com sobrepeso, comparados aos participantes mais magros.

Baseados nos resultados do estudo, os pesquisadores ressaltam a necessidade de abordar de forma mais agressiva a questão da obesidade infantil, considerando os maiores riscos de pressão alta e a dificuldade de tratá-la em pacientes obesos.

Fonte: ESC Congress 2010. Abstract Book Online. PN 5228. Agosto de 2010.

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