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Belo Horizonte, 13 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista britânica The Lancet traz conclusões nada animadoras sobre o quadro das crianças que têm excesso de peso. A obesidade é uma doença que se alastra em todo o mundo, afetando cerca de 250 milhões de pessoas e as estatísticas incluem de forma preocupante as crianças.
Na Itália, por exemplo, uma a cada cinco crianças são gordas e o número sobe para sete na França. No México a situação é mais complicada, já que 58% da população pesa mais do que deveria e 23% são considerados obesos.
O excesso de peso na infância faz com que as crianças desenvolvam uma série de doenças nesse período e ainda se preparem para uma vida cheia de problemas na fase adulta. Um exemplo são as enfermidades cardiovasculares.
Depois de examinar as artérias das crianças para a realização do estudo, os pesquisadores britânicos chegaram à conclusão de que nas obesas, elas eram muito menos elásticas e mais grossas do que o observado nas crianças de peso normal.
Os pesquisadores compararam 48 crianças que sofriam desse problema desde os 9 anos de idade com um grupo de 27 crianças de peso normal.
Outro estudo feito no Rio de Janeiro constatou que o sedentarismo e a alimentação incorreta são responsáveis por 60% dos casos de hipertensão em crianças com mais de 6 anos.
A afirmação é de Eliane Lucas, cardiologista pediátrica, da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio. A questão preocupa porque, da mesma forma que nos adultos, a pressão alta não provoca sintomas. Por isso, é preciso medir a pressão das crianças com regularidade, independente de fatores de risco como obesidade e hereditariedade.
Segundo a especialista, se uma criança se torna hipertensa na infância, ela apresenta mais riscos de ter, por exemplo, um infarto na fase adulta.
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