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Estudo associa excesso de higiene na infância a maior risco cardíaco na idade adulta

10 de dezembro de 2009 (Bibliomed). Pais que se preocupam exageradamente com a limpeza e higiene dos filhos podem estar colocando os pequenos sob maior risco de doenças inflamatórias, como doença cardíaca, na idade adulta, segundo estudo da Universidade do Noroeste, nos Estados Unidos. "Contrariamente às suposições de estudos anteriores, nossa pesquisa sugere que ambientes ultra-limpos e ultra-higiênicos no início da vida podem contribuir para maiores níveis de inflamação quando adultos, o que, por sua vez, aumenta os riscos de uma grande variedade de doenças", explicou o pesquisador Thomas McDade, líder do estudo.

Em estudo com mais de 3,3 mil mães filipinas e seus filhos – que foram acompanhados da gestação aos 22 anos de idade –, os pesquisadores descobriram que a exposição a micróbios infecciosos no início da vida pode proteger as pessoas de doenças cardiovasculares na idade adulta. Medindo os níveis sanguíneos de proteína C reativa – substância produzida pelo sistema imunológico em resposta a inflamações, e que está associada à doença cardíaca – os cientistas notaram que a exposição a micróbios no início da vida estava associada a menores níveis desse marcador na idade adulta.

"Nos Estados Unidos, temos essa ideia de que precisamos proteger nossos bebês e crianças dos micróbios e patógenos a todo custo possível", disse o pesquisador. "Mas podemos estar privando o desenvolvimento de redes imunológicas de importante entrada ambiental, necessárias para guiar sua função pela infância e idade adulta. Nossa pesquisa sugere que, sem esse mecanismo, a inflamação pode ter mais chances de ser mal regulada e resultar em respostas inflamatórias exageradas ou mais difíceis de serem desligadas após seu início", explicou.

Fonte: Northwestern University NewsCenter. 08 de dezembro de 2009.

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