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15 de junho de 2021 (Bibliomed). A exposição crônica a poluentes atmosféricos está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares (DCV) entre adultos. No entanto, pouco se sabe sobre como a poluição do ar pode afetar o desenvolvimento da aterosclerose subclínica em populações mais jovens. A espessura das camadas íntima-média da artéria carótida (CIMT) é uma medida da aterosclerose subclínica que fornece informações sobre a patogênese precoce da DCV.
Em um estudo piloto com 70 participantes do Southern California Children’s Health Study, (aproximadamente 5.000 crianças do jardim de infância e primeira série em 2002-2003; as crianças no estudo atual vieram de 13 comunidades no sul da Califórnia, representando uma mistura de ambientes de vizinhança). Investigou-se a progressão do CIMT da infância à idade adulta. Usando imagens de ultrassom da artéria carótida obtidas aos 10 anos e imagens de acompanhamento aos 21-22 anos, foram examinadas as associações entre o ambiente da infância e os poluentes do ar relacionados ao tráfego com mudanças na CIMT ao longo do tempo.
Para cada criança, os pesquisadores calcularam as exposições residenciais médias aos poluentes ambientais e regionais, como ozônio, dióxido de nitrogênio e partículas, usando dados regulatórios de monitoramento do ar. Eles estimaram a exposição a óxidos de nitrogênio com base na proximidade da casa de uma criança com rodovias movimentadas.
Os óxidos de nitrogênio, que incluem o dióxido de nitrogênio, são uma família de gases tóxicos. A maioria dos óxidos de nitrogênio é formada quando o combustível é queimado em altas temperaturas em carros, caminhões e usinas de energia.
Os pesquisadores mediram CIMT em mícrons por ano, uma vez em 2007-2008 quando as crianças tinham 10 ou 11 anos e novamente uma década depois em 2018-2019. Embora minúsculo em escala - um fio de cabelo humano mede 17 a 181 mícrons de diâmetro - o CIMT é uma medida amplamente usada associada ao risco de infartos cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.
Verificou-se que exposições relacionadas com o tráfego foram associadas a uma alteração de 1,7 mícron por ano na CIMT nestes adultos jovens, que é aproximadamente igual à alteração na CIMT previamente observada em adolescentes com um aumento de 10 mm Hg da pressão arterial sistólica, um conhecido fator de risco cardiovascular.
Assim, verificou-se que maiores exposições a poluentes em emissões automotivas, como óxidos de nitrogênio, e maior densidade de tráfego na infância estavam associadas a maiores aumentos anuais na CIMT da infância à idade adulta.
Fonte: Environ Health. DOI: 10.1186/s12940-021-00726-x.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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