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Estudo associa obesidade infantil a um maior risco de refluxo

29 de outubro de 2009 (Bibliomed). As crianças obesas são mais propensas a sofrer doença do refluxo gastroesofágico – alteração digestiva na qual o conteúdo corrosivo do estômago (ácidos e enzimas digestivas) retorna para o esôfago –, segundo estudo apresentado em outubro no Encontro Científico Anual do American College of Gastroenterology. De acordo com os autores, esse problema já vinha sendo associado à obesidade em adultos, e o novo estudo traz evidências de que, entre as crianças, essa relação também existe.

"A obesidade deve ser considerada um fator de risco para doença do refluxo gastroesofágico na população pediátrica, juntamente com os fatores de risco descritos anteriormente, incluindo distúrbios anatômicos, neurológicos e de desenvolvimento", explicaram os autores, destacando ainda que, com o crescimento da prevalência de obesidade infantil, o refluxo tende a afetar mais os gastos de saúde e a qualidade de vida da população.

No estudo, avaliando 25 crianças que estavam acima do peso ideal – média de idade de 9,8 anos –, os pesquisadores observaram que as obesas relatavam mais sintomas de refluxo. Comparadas às crianças com sobrepeso, as obesas eram mais propensas a reclamar de "queimação na garganta" (26%, contra 0%), "gosto amargo na boca" (37%, contra 17%) e "dor de barriga acima do umbigo" (37%, contra 0%).

De acordo com os autores, "essas descobertas corroboram estudos em adultos, mas até este ponto, a literatura na população pediátrica vinha faltando". Por isso, os pesquisadores estão dando prosseguimento ao estudo, com o objetivo de avaliar mais evidências da relação entre obesidade infantil e refluxo e de descobrir os mecanismos por trás dessa associação.

Fonte: ACG 2009 Annual Scientific Meeting and Postgraduate Course. Outubro de 2009.

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