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23 de outubro de 2008 (Bibliomed). Um estudo publicado na edição de outubro da revista Cancer Causes and Control indica que a ingestão de fibras na alimentação pode reduzir os riscos de dois problemas no esôfago – o esôfago de Barrett e o adenocarcinoma de esôfago. O primeiro é uma doença na qual há uma mudança anormal nas células da porção inferior do esôfago, possivelmente causada pelo refluxo gastroesofágico. Enquanto o segundo é um tipo de câncer que se desenvolve principalmente em pessoas com esôfago de Barrett.
Para avaliar a relação entre variáveis da alimentação e o risco de problemas no esôfago, os pesquisadores analisaram dados de 224 pacientes com adenocarcinoma; 220, com síndrome de Barrett; 219, com esofagite de refluxo; e 256 pessoas sem esses problemas.
Os resultados indicaram que as pessoas que ingeriam as maiores quantidades de fibra na dieta tinham 56% menor risco de desenvolver esôfago de Barrett, comparados com aqueles que tinham menor consumo. Além disso, o consumo de fibras também foi associado a um menor risco de adenocarcinoma no esôfago, assim como o consumo total de carboidratos.
Entre as variáveis que aumentavam os riscos, os pesquisadores identificaram a ingestão de amido, associado à esofagite de refluxo, e o consumo de alto índice glicêmico (alimentos como batata e pão branco), associado ao câncer.
“Nossas descobertas sugerem que a ingestão de fibras é inversamente associada com o risco de esôfago de Barrett e adenocarcinoma de esôfago. O risco de adenocarcinoma de esôfago é inversamente associado com o consumo total de carboidratos, mas positivamente associado com ingestão de alto índice glicêmico”, concluíram os autores.
Fonte: Cancer Causes and Control. 07 de outubro de 2008.
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