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Excesso de peso pode acelerar a leucemia, alertam cientistas

10 de setembro de 2010 (Bibliomed). A obesidade pode acelerar a progressão da leucemia linfoide, tornando esse tipo de câncer mais grave em menos tempo, segundo estudo do Hospital Infantil de Los Angeles, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, a obesidade tem sido associada a diversos tipos de câncer, mas ainda não estava claro se o aumento na incidência de leucemia ocorria diretamente por causa do excesso de peso ou devido a outros fatores associados - incluindo os genéticos, de estilo de vida, de saúde ou socioeconômicos.

Em testes com ratos modificados para terem leucemia, os cientistas observaram que a obesidade induzida por uma alimentação rica em gordura aumentava os riscos de os roedores, principalmente os mais velhos, desenvolverem a doença. E, de acordo com os autores, esses resultados são consistentes com efeitos cumulativos observados em outros cânceres - como no caso do cigarro no câncer de pulmão, ou do estrógeno no câncer de mama - e em doenças associadas à obesidade, incluindo doença cardíaca e diabetes.

“Nossas descobertas são consistentes com dados epidemiológicos que mostram uma alta incidência de leucemia em adultos obesos, e sugerem que essas observações são, na verdade, devido à obesidade, e não a fatores genéticos, socioeconômicos ou de estilo de vida associados”, destacou o pesquisador Steven D. Mittelman, que coordenou o estudo. “Esses dados implicam que algum hormônio ou fator em pessoas com sobrepeso, provavelmente produzido pelo tecido de gordura mesmo, pode sinalizar para as células de leucemia crescerem e se dividirem”, acrescentou o cientista.

Os especialistas destacam que mais estudos são essenciais para confirmar esses resultados e desvendar os mecanismos envolvidos na relação entre obesidade e leucemia. “Considerando que a leucemia é o tipo mais comum de câncer infantil, entender como a obesidade pode aumentar sua incidência poderia ter importantes implicações de saúde publica”, concluiu o especialista.

Fonte: Cancer Prevention Research. Edição prévia de 05 de outubro de 2010.

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