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Trauma da mulher antes da gravidez pode afetar comportamento do filhoc

14 de maio de 2009 (Bibliomed). Um trauma psicológico vivido pela mulher mesmo antes de ficar grávida pode afetar o comportamento emocional e social de seu filho, segundo estudo da Universidade de Haifa, em Israel. De acordo com os autores, o efeito de um trauma durante a gravidez no comportamento da criança já foi mostrado por outros estudos anteriores, porém é a primeira vez que um estudo traz evidências sobre o impacto dos traumas da mulher antes da concepção.

Os pesquisadores avaliaram três grupos de ratos – um deles foi submetido a uma série de atividades que induziam ao estresse duas semanas antes do acasalamento, deixando um tempo para a fêmea se recuperar antes de ficarem prenhas; o segundo foi tratado da mesma forma por uma semana, pouco antes do acasalamento; e o outro grupo não sofreu estresse.

As análises indicaram que o trauma vivido pela fêmea teriam variados efeitos no filhote quando ele atinge a maturidade (60 dias), variando de acordo com o grupo e com o sexo. Os ratos cuja mãe havia sofrido traumas apresentavam menor contato social, ficando menos tempo com outros ratos e interagindo menos; e as fêmeas desse grupo eram mais ansiosas. E aquelas que sofreram estresse pouco antes da gravidez tiveram filhotes mais hiperativos.

Os pesquisadores acreditam que esses resultados podem ser, de certa forma, extensivos aos humanos, pois os ratos são mamíferos sociais com atividade cerebral similar aos humanos em muitos aspectos.

“Os resultados do presente estudo mostram que a adversidade do passado de uma mãe, mesmo bem antes da gravidez, afeta sua prole até quando eles são adultos. Devemos estar preparados para efeitos análogos em humanos: por exemplo, em crianças nascidas de mães que podem ter sido expostas a guerra bem antes de ficarem grávidas”, concluiu o pesquisador Micah Leshem, líder do estudo.

Fonte: University of Haifa. News. 12 de maio de 2009.