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Estudo associa pobreza a um maior risco de doença cardíaca

31 de março de 2009 (Bibliomed). Quanto mais tempo uma pessoa permanece na pobreza, maior a probabilidade de desenvolver doença cardíaca, segundo estudo publicado em abril na revista científica American Journal of Epidemiology. De acordo com os autores, muitos estudos em países desenvolvidos mostram que pessoas de baixa renda e menor escolaridade geralmente têm maiores taxas de doença cardíaca.

No novo estudo, a análise de 1,8 mil americanos indicou que essa desvantagem durante toda a vida pode ser traduzida em um “acúmulo do risco” de doença cardíaca. Aqueles que viviam na pobreza durante a infância e a idade adulta eram 82% mais propensos a desenvolver problemas no coração do que aqueles mais abastados em ambas as fases da vida.

De acordo com os especialistas, muito dessa disparidade poderia ser explicada pelos fatores de risco clássicos. “Pessoas que eram pobres no decorrer da vida eram, por exemplo, mais propensas a fumar ou serem obesas”, explicou o pesquisador Eric B. Loucks, da Universidade McGill, no Canadá.

As descobertas apontam para a necessidade de maior prevenção e tratamento de doença cardíaca nas populações mais carentes. “Melhorar oportunidades educacionais e econômicas para os americanos poderia eventualmente melhorar sua saúde cardíaca – não apenas para os atuais adultos, mas para as gerações futuras se a escolaridade dos pais, de fato, influenciar o risco cardíaco de seus filhos em longo prazo”, destacaram os autores.

Fonte: American Journal of Epidemiology. 01 de abril de 2009.

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