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Marcador inflamatório de doença cardíaca pode indicar também o risco de câncer

24 de março de 2009 (Bibliomed). Uma proteína que indica inflamação e o risco de doença cardíaca pode também indicar que uma pessoas tem um maior risco de desenvolver câncer, segundo pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca.

De acordo com os especialistas, pessoas com altos níveis de proteína C reativa (PCR) no sangue, além de terem maiores chances de desenvolverem problemas cardiovasculares, têm 30% maior risco de câncer. E os pacientes com câncer que têm alta concentração do marcador inflamatório teriam 80% maior risco de morrer precocemente.

Apesar de os resultados serem preliminares e haver necessidade de mais estudos para confirmação, os autores destacam que “essas descobertas apoiam uma possível ligação entre inflamação e câncer, e o teste da proteína C reativa poderia, um dia, ser usado para ajudar a selecionar esses pacientes que deveriam sem triados para o câncer com mais frequencia”. 

O estudo avaliou mais de dez mil pessoas que tiveram os níveis de PCR medidos e foram acompanhados por 16 anos. Nesse período, ter um maior nível do marcador inflamatório foi associado a 30% maior risco de ter câncer, o que aconteceu com 1,6 mil participantes.

Maiores níveis de PCR foram associados também a uma maior mortalidade entre aqueles que tinham câncer. Cinco anos após o diagnóstico da doença, 40% com maiores níveis da proteína estavam vivos, contra 70% daqueles pacientes com menores níveis de PCR.

Com isso, apesar de não estar claro se a inflamação – indicada pela proteína C reativa – causa doença cardíaca e câncer ou se é resultado dessas condições, os especialistas começam a considerar que a medida do PCR deve ser incluída como parte da avaliação regular da saúde.

Fonte: Journal of Clinical Oncology. 16 de março de 2009.

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