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03 de janeiro de 2009 (Bibliomed). Um estudo publicado na edição de fevereiro da revista especializada Sleep sugere que a duração do sono está associada com mudanças nos níveis de marcadores bioquímicos de inflamação chamados citocinas. Os resultados indicam que a inflamação pode ser o fator que faz com que dormir pouco ou além da conta afete a saúde, aumentando os riscos de diversas doenças.
De acordo com os autores, diversos estudos associam o fato de dormir demais ou muito pouco a um maior risco de mortalidade, doença coronariana cardíaca, diabetes e obesidade. E outros trabalhos sugerem que o aumento crônico nos níveis de citocinas inflamatórias, como a proteína C reativa e a interleucina-6, também está associado a problemas como o diabetes e doença cardíaca.
Avaliando os padrões de sono e os níveis de cinco citocinas inflamatórias no sangue de 614 pessoas, os pesquisadores da Case Western Reserve University, nos Estados Unidos, descobriram que, a cada uma hora extra de sono relatada pelos voluntários, havia um aumento de 8% nos níveis de proteína C reativa e de 7% na concentração de interleucina-6.
Da mesma forma, a falta de sono estava associada à inflamação. A cada hora de sono perdida, medida objetivamente pela polissonografia, havia um aumento de 8% nos níveis de fator de necrose tumoral alfa, outro marcador inflamatório. E períodos curtos de sono foram associados a uma maior prevalência de diabetes, hipertensão e apneia obstrutiva do sono.
Os autores destacam que a média de sono relatada foi de 7,6 horas, e a medida na polissonografia foi de 6,2 horas. E os dois métodos de medir a duração do sono poderiam ser influenciadas diferentemente por um fator como o estresse ou o humor, que podem ter efeitos diretos nos níveis de inflamação. O ideal, para os adultos, seria dormir entre sete e oito horas por noite.
Fonte: Sleep. 01 de fevereiro de 2009
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