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Alergia ao amendoim – especulações sobre seu tratamento

13 de abril de 2007 (Bibliomed). A alergia é um processo em grande expansão nos dias atuais. Em decorrência de fatores diversos, entre eles alterações genéticas, mudanças ambientais e da elaboração de alimentos, a freqüência de pessoas que referem sofrer de algum sintoma alérgico torna-se cada vez maior.

Para o tratamento de alergias alimentares, em especial ao amendoim, muitas discussões têm sido propostas. Uma delas será publicada em abril (2007), pelo Journal of the European Academy of Dermatology & Venerology, e expõe sobre a possibilidade de aplicações tópicas de óleo de amendoim, para o tratamento da alergia a esse alimento.

De acordo com os pesquisadores, a maioria das substâncias que causam alergia a amendoim são proteínas. Os sinais claros de alergia a amendoim podem ser notados na pele (urticária), no trato gastrintestinal e/ou no trato respiratório, podendo ocasionar sintomas cardiovasculares e grave alergia. Na maioria das vezes, essas manifestações surgem pela ingestão do alimento.

Um estudo epidemiológico demonstrou que existe associação entre o desenvolvimento de sintomas alérgicos após a aplicação tópica de óleos derivados do amendoim. Entretanto, essa pesquisa não relatou o tipo de pele e os produtos tópicos utilizados. Contudo, nenhum estudo demonstrou com clareza quais as doses necessárias para induzir sensibilização contra as proteínas do amendoim, via pele.

Alguns cientistas acreditam que essa indução via pele não passa de mera especulação. Indivíduos que possuem doenças alérgicas e suas manifestações, como o eczema, apresentam alterações na barreira c cutânea e necessitam de cuidados apropriados. Os benefícios da utilização de óleos a base de amendoim, para proteger a pele, parece ultrapassar em muito os riscos de desenvolver alergia contra esse alimento.

Fonte: Journal of the European Academy of Dermatology & Venereology; 21 (4): 452 – 455 (April 2007)