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Insulina Pode Reduzir Risco de Doenças Cardíacas

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health) - Níveis altos de insulina no sangue não parecem contribuir para o surgimento de doenças cardíacas, revela um novo estudo. Na verdade, o hormônio pode ajudar a proteger contra os males do coração em pessoas sob risco.

As descobertas contradizem pesquisas que sugerem uma relação entre a insulina - o hormônio que deposita açúcar (glicose) dentro das células - e doenças cardíacas.

A teoria é baseado no fato de que pessoas com diabete do tipo 2, uma doença em que o corpo não responde normalmente à insulina e resulta em seu excesso no sangue, apresentam taxas desproporcionalmente altas de doenças cardíacas.

Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Nova York, em Buffalo, relatou que a insulina aumenta os níveis de óxido nítrico, um composto que dilata os vasos sanguíneos, no sangue e aumenta a produção de uma enzima que sintetiza o dilatador.

Ao mesmo tempo, a insulina reduz os níveis da molécula de adesão intracelular 1 (ICAM-1, sigla em inglês para intracellular adhesion molecule-1), um composto que leva à inflamação e entupimento das artérias.

Altos níveis de ICAM-1 no sangue têm sido relacionados ao risco de doenças cardíacas.

"Esta é uma descoberta muito importante", disse Paresh Dandona, coordenador do estudo.

"Pessoalmente, acredito que ela irá destruir a hipótese que relaciona a insulina e a aterosclerose", afirmou Dandona, acrescentando que os resultados podem levar médicos a prescreverem insulina de forma terapêutica a pacientes sob risco de doenças cardíacas.

Para investigar os efeitos da insulina na ICAM-1, os pesquisadores adicionaram o hormônio em células da aorta humana, a principal artéria do corpo. Depois, eles expuseram as células a um composto que inibe a produção de óxido nítrico e descobriram que quando as células não produzem óxido nítrico suficiente a capacidade de produzir ICAM-1 também é prejudicada.

"As implicações são de que a insulina, que até agora era considerada um fator que promove a aterosclerose, na verdade pode ser ativa como um antiinflamatório", disse Dandona.

Sinopse preparada por Reuters Health

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